A terça-feira (6/2) ficou marcada pelo segundo dia de julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual por uma mulher de 23 anos em uma casa noturna em Barcelona, na Espanha. O depoimento do brasileiro, que diz ser inocente, deve ser nesta quarta.
O segundo dia de julgamento teve o depoimento da esposa do jogador, Joana Sanz, de três amigos dele, agentes da polícia que estavam na boate naquela noite, além de funcionários da casa noturna.
Amigos e esposa do atleta alegaram que Daniel Alves bebeu muito na noite que teria cometido o crime. Segundo a imprensa espanhola, a ideia é atenuar a pena, em caso de condenação.
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O que dizem os amigos
Os colegas de Daniel Alves contribuíram com a versão de que o jogador consumiu álcool durante o dia e já chegou à boate embriagado. Bruno Brasil estava com o atleta naquela noite e sustentou a versão.
“Ficamos até 1h no restaurante tomando uísque. Depois fomos a um lugar, tomamos alguns drinks, encontramos outros amigos e, dentro do carro, decidimos ir ao Sutton seguir bebendo. Ele não dirigiu porque já tinha bebido muito e eu tinha bebido menos”, contou.
Bruno afirmou, no julgamento, que a denunciante agiu naturalmente ao sair do banheiro com Daniel - local onde o crime teria acontecido.
“Ele saiu do banheiro, ficou do meu lado e seguiu dançando, na mesma sala. Ela saiu, falou com todo mundo, se despediu de mim, a prima também e foram embora. Não a vi chorando no corredor, é muito escuro. Em nenhum momento falamos sobre o que tinha acontecido no banheiro”, disse.
A versão da esposa
Joana Sanz, esposa de Daniel Alves, ajudou a fortalecer o cenário de embriaguez do jogador na boate. De acordo com a modelo, eles não conversaram quando o acusado chegou em casa naquela noite.
“Ele foi comer com seus amigos no restaurante. Passou o dia aí e voltou, eram quase 4 da manhã. Voltou muito bêbado, uma pessoa com muito álcool. Bateu no armário e caiu na cama”, contou Joana.
Funcionários da boate e polícia
O primeiro policial a atender a suposta vítima também prestou depoimento nesta terça-feira (6) e contou que ela "disse que a pessoa não a tinha deixado sair do lugar onde tinha ido e que havia tocado suas partes íntimas por dentro. Disse que não queria dinheiro, queria justiça. A assessoramos para que denunciasse os fatos ou não."
De acordo com um policial que foi à boate no dia seguinte do suposto crime, a equipe encontrou impressões digitais na pia, tampa do vaso sanitário, espelho e cisterna.
Um funcionário da boate, que prestou assistência à denunciante, afirmou, durante o julgamento, que a jovem sabia “para que estava indo (ao banheiro com o jogador)”, mas se arrependeu depois.
Já o diretor da boate contou que a mulher disse ter sido vítima de agressão sexual e, quando Daniel Alves passou pelo corredor, afirmou ter sido ele, mas que não acreditariam nela. "Ela estava bastante afetada", disse o funcionário