As luzes do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, estão apagadas desde às 18h e vão até às 19h, desta segunda-feira (22), como uma forma de repúdio aos atos racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vinicius Junior, na partida entre Valencia x Real Madrid. A iniciativa foi do próprio santuário.
"O Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor repudia os ataques racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vinícius Júnior nesse domingo, 21 de maio, durante jogo entre Real Madrid e Valencia. Por isso, nesta segunda-feira, das 18h às 19h, o monumento ao Cristo Redentor está com a iluminação desligada como símbolo da luta coletiva contra o racismo e em solidariedade ao jogador e a todos os que sofrem preconceito no mundo inteiro", disse o santuário.
O reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, padre Omar, ainda reforçou a iniciativa com um trecho bíblico: “Somos todos criados à imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1,26-27).
Os insultos sofridos pelo atacante brasileiro, durante a partida em que o Real Madrid foi derrotado por 1 a 0 pelo Valencia, fora de casa, no último domingo geraram uma onda de indignação pelo mundo. Várias autoridades de clubes, da Fifa, do governo brasileiro, incluindo o presidente Lula, além de jogadores e outras personalidades, repudiaram os atos racistas contra Vini Jr.
É a nona vez que o jogador é atacado em campo com xingamentos que vão de 'macaco' a outros insultos. Após ver o Cristo 'apagado', Vini Jr. se pronunciou: "preto e imponente. Que mobilize a nossa luta. Muito obrigado por todo o carinho. Estarei sempre pronto para lutar pelos nossos", postou ele, nas redes sociais.
Algumas medidas foram tomadas pelas autoridades, como a expulsão dos juízes que aplicaram cartão vermelho a Vini Jr. já ao fim do jogo, por reclamação. Ainda assim, nenhuma outra 'punição' mais severa, ou atitude, foi tomada em relação ao caso.