O ex-jogador italiano Gianluca Vialli, que vem lutando contra um câncer no pâncreas desde 2017, anunciou nesta quarta-feira (14) que está deixando o seu cargo de diretor da seleção italiana para tratar nova "fase da doença".

"Depois de uma longa e difícil conversa com minha maravilhosa equipe de oncologistas, decidi suspender, espero que provisoriamente, meus compromissos profissionais atuais e futuros", disse o responsável pela equipe italiana em comunicado oficial.

"O objetivo é direcionar toda a minha energia física e mental para ajudar o meu corpo a superar esta fase da doença, para que eu possa embarcar em novas aventuras o mais rápido possível e compartilhá-las com todos vocês", acrescentou Vialli, que jogou com o atual técnico da 'Azzurra', Roberto Mancini, nos tempos de Sampdoria e com o qual conquistou a Eurocopa de 2021.

O presidente da Federação Italiana também deixou mensagens de apoio ao ex-dirigente.

"Gianluca é uma figura de destaque na seleção italiana e continuará sendo no futuro", disse Gabriele Gravina, no mesmo comunicado.

"Obrigada à sua extraordinária coragem (...), estou convencido de que voltará em breve. Pode contar com cada um de nós", acrescentou.

Como jogador, Vialli brilhou no Sampdoria com Mancini, levando a equipe à conquista do Campeonato Italiano de 1990/91, da Recopa em 1989/90 e ao vice-campeonato da Liga dos Campeões em 1991/92.

Continuou sua carreira na Juventus, entre 1992 e 1996, onde faturou a Copa da UEFA (1993) e a Champions em 1995/96, e depois passou os três anos seguintes no Chelsea, onde colecionou mais títulos como a Recopa de 1997/98.

Foi treinador da equipe de Londres por um breve período após sua aposentadoria como jogador e também teve passagem pelo Watford, antes de assumir como diretor da seleção italiana em 2019, quando já tinha sido diagnosticado com o câncer.

"É um companheiro de viagem indesejado, mas tenho que seguir adiante, viajar com a cabeça erguida e não me render nunca, com a esperança de que se canse e me deixe viver por muito tempo", disse Vialli sobre sua doença em um documentário exibido pelo canal de televisão italiano Rai, em 2021. (AFP)