Condenado na Itália

Lula defende que Robinho cumpra pena por estupro: 'Cria vergonha'

Presidente afirmou que já era para Robinho estar cumprindo pena e ressaltou que esse tipo de crime é 'imperdoável'

Por Agências
Publicado em 11 de março de 2024 | 20:36
 
 
 
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O presidente Lula (PT) defendeu, nesta segunda-feira (11), que o ex-jogador de futebol Robinho cumpra pena por estupro e disse ainda que trata-se de um crime é imperdoável.

A declaração foi feita em entrevista ao SBT, gravada na manhã desta segunda (11). Trechos estão sendo divulgados ao longo do dia e a íntegra só vai ao ar ao final da noite.

"Um homem, um jovem que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? e acha que não cometeu crime, acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha. O estupro é um crime imperdoável. Então, a pessoa tem que ser condenada, tem que ser julgada, tem que ser condenada", disse Lula, ao ser questionado sobre o ex-jogador.

"O Robinho já foi condenado na Itália e era para ele estar cumprindo pena, que agora vai ser julgado este mês. Espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele, de ser jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens Brasil, que ganhou muito dinheiro, ficou muito famoso. Não precisava fazer isso com a menina", completou o presidente.

O julgamento do pedido do governo italiano para o ex-jogador de futebol cumprir pena no Brasil deve acontecer no próximo dia 20 pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça)

O processo será julgado pela Corte Especial do STJ, que reúne os 15 ministros mais antigos do tribunal.

Condenado por estupro coletivo, o ex-jogador teve sentença de nove anos de prisão, mas está em liberdade no Brasil, cuja legislação impede a extradição de brasileiros natos.

Em novembro, o Ministério Público Federal argumentou que deve ser aceito o pedido feito pelo Tribunal de Milão de homologação da sentença.

Segundo o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, "todos os pressupostos legais e regimentais para o prosseguimento de execução penal foram cumpridos".

Robinho, hoje com 40 anos, foi inicialmente condenado em 2017, recorreu e teve suas tentativas esgotadas em 2022, com trânsito em julgado.

Segundo a investigação na Itália, o atleta e outros cinco brasileiros praticaram violência sexual de grupo contra uma mulher de origem albanesa em uma boate de Milão, em 2013. Ele sempre negou o crime. (Marianna Holanda - Folhapress)

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