Com exceção do Cruzeiro, que estava com as atenções voltadas para a Copa Libertadores e escalou os reservas, e do Benfica, que poupou alguns titulares, todos os outros clubes mandaram suas forças máximas para a disputa da Copa Centenário. No Atlético, Valdir Bigode, revelado pelo Vasco, e com passagens por São Paulo e Benfica, era a principal contratação para a temporada. O elenco ainda contava com outro atacante, Marques, com o goleiro Paulo César Borges, ex-Cruzeiro, o zagueiro Luís Eduardo, com Doriva e Jorginho, no meio, e com o lateral-esquerdo Dedê. O técnico era Émerson Leão.

Já o América, comandado pelo técnico Givanildo Oliveira, tinha como destaques o goleiro Gilberto, o volante Pintado, o meia Boiadeiro, e os atacantes Tupãzinho e Celso. No mesmo grupo estava o Milan, comandado por ninguém menos que Fabio Capello. O elenco do time italiano contava com grandes nomes do futebol mundial. Vieram para a disputa os zagueiros Paolo Maldini e Alessandro Costacurta. Também o atacante liberiano George Weah, que havia sido eleito o melhor jogador do mundo em 1995, além do meia ofensivo croata Zvonimir Boban.

O Corinthians, que passava por uma reformulação, ainda não contava com nomes que seriam importantes para a conquista do bicampeonato Brasileiro de 1998 e 1999, contra Cruzeiro e Atlético, respectivamente. O Timão, comandado por Nelsinho Baptista, tinha Ronaldo Giovanelli, Antônio Carlos, na zaga, além de Fábio Augusto, no meio, e um ataque formado por Donizete Pantera e Mirandinha.

O Cruzeiro, que focava na disputa da Libertadores, mandou a campo uma equipe muito mesclada, com uma maioria de jogadores considerados reservas. Os grandes nomes eram os atacantes Fábio Júnior e Roberto Gaúcho, além do volante Marcos Paulo, que viria a se destacar na sequência, além dos meias Cleisson e Geovanni, e do zagueiro João Carlos. Nem o técnico do time, Paulo Autuori, esteve na beirada do campo, e a equipe reserva foi comandada pelo auxiliar-técnico Wantuil Rodrigues. Autuori, aliás, trocou a Raposa pelo Flamengo, logo após a conquista da Libertadores.

O Flamengo já não contava com aquele que era, até então, seu grande destaque, o atacante Romário. O ‘Baixinho’ havia retornado ao Valencia (ESP). O time, que tinha como técnico Sebastião Rocha, reunia o goleiro Clemer, além do zagueiro Luiz Alberto, o meia Lúcio e os atacantes Sávio e Renato Gaúcho.

O Olimpia, um dos mais tradicionais clubes da América do Sul, recebeu o convite de última hora. A vaga era do San Lorenzo, da Argentina, que desistiu da disputa por causa de uma greve no futebol do país. No elenco do time paraguaio, dois jogadores que teriam, no ano seguinte, uma boa participação na Copa da França: Caniza e Paredes.

O português Benfica também manteve alguns de seus titulares em Lisboa. Do time que veio ao Brasil, os destaques eram o atacante Paulo Nunes, ex-Flamengo, que viria a se destacar no Palmeiras, e que foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996 com 16 gols, ao lado de Renaldo, do Atlético, e o zagueiro Gamarra, que havia passado pelo Internacional e, na sequência, iria brilhar com a camisa do Corinthians, sendo, inclusive, várias vezes, convocado para a seleção paraguaia.