Cresci ouvindo isso, não poderia ser diferente. Nascida em uma família apaixonada por futebol, encantada pelo elo do melhor e do amor. Aprendi pela história que buscava sempre entender o que não tinha visto com meus próprios olhos, que ele era inigualável.
Tive a honra, a sorte, sei lá...de ter feito algumas entrevistas com o Rei, quando abracei a carreira do jornalismo esportivo.
Sempre tumultuadas, não poderia ser diferente, com a companhia de vários outros jornalistas, só conseguia entender depois, o que tinha acontecido.
Era gigante, e era carnal, era possível tocar, quase uma essência, um mundo paralelo. Assim me senti todas as vezes.
Experiências que somente o futebol que foi também a história dele, pode propiciar.
Era um feito, todas às vezes pensei a mesma coisa “Entrevistei Pelé”.
Claro que esse mesmo futebol me levou a entrevistar grandes nomes, nacionais, internacionais, mas nunca era como entrevistar o “Rei”.
Disponível, educado, ciente de quem era e de que precisava fazer jus a tudo que representava.
A verdade é que em todas às vezes eu estava feliz pra caramba e nervosa. Em uma delas, acho que a segunda vez, o número de jornalistas era menor. Ganhei aperto de mão, tremi, gaguejei, esqueci a pergunta, ele me olhou e falou: "pode perguntar, garota”.
Aí esquece!!! Fui fã e ele entendeu e eu mais ainda.
Guardo a memória, guardo o sorriso, guardo a honra!
Em paz e na luz, Rei!