Depois da Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, a seleção brasileira teve uma trajetória acidentada. Conquistou alguns títulos de menor expressão, como o da Copa América e o da Copa das Confederações, mas nunca mais voltou a decidir uma Copa do Mundo. Relembre o desempenho da seleção depois da conquista do quinto título mundial.
Pentacampeão em 2002, o Brasil trocou Felipão por Carlos Alberto Parreira, que comandou uma seleção poderosa especialmente em 2005, quando conquistou a Copa das Confederações com uma goleada de 4 a 1 sobre a Argentina na final. Era o auge, na seleção, de jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Adriano. Os três se juntariam a Ronaldo na Copa de 2006 e o quadrado mágico estava formado, favorito e pronto para ganhar a Copa da Alemanha.
O fato é que o Brasil nunca encantou na Copa da Alemanha. Apesar de ter vencido todos os jogos na primeira fase e eliminado Gana nas oitavas de final, a seleção de Parreira estava longe de mostrar o futebol envolvente da final da Copa das Confederações. Nas quartas, foi inferior ao talento de Zidane e da França, que venceu por 1 a 0 e acabou com o sonho do hexa.
Logo depois da Copa, a CBF apontou Dunga como o novo treinador da seleção brasileira. Capitão do Tetra como atleta, Dunga estrearia como técnico com um grande desafio. Venceu a Copa América em 2007, fez uma boa campanha nas eliminatórias e vários amistosos em Londres, além de vencer a Copa das Confederações de 2009.
Sem o favoritismo de 2006, o Brasil chegou ao Mundial da África do Sul, em 2010, com boas perspectivas. Fez uma primeira fase dentro do esperado, assim como não teve dificuldades para eliminar o Chile nas oitavas. Mas, mais uma vez, parou nas quartas, desta vez para a Holanda, que fez 2 a 1, de virada, após um bom início do Brasil - talvez em sua melhor exibição no Mundial.
Ainda em 2010 começou a era Mano Menezes, com altos e baixos e muitos testes no período, natural, de renovação. Mano durou 33 jogos até a volta de Felipão, em 2013. Em seu retorno, o técnico gaúcho teve como melhor momento a conquista da Copa das Confederações, ainda em 2013, o que serviu para inflar os ânimos dos torcedores.
Na Copa de 2014, o desfecho foi trágico. Uma seleção pouco inspirada ficou no 0 a 0 com o México na primeira fase, eliminou o Chile apenas nos pênaltis, no Mineirão, nas oitavas, e foi massacrada pela Alemanha nas semifinais, no histórico 7 a 1, novamente no Mineirão. Para completar, ainda perdeu a decisão do terceiro lugar para a Holanda, com uma derrota por 3 a 0.
O ano de 2014 terminaria com o retorno de Dunga à seleção. O treinador teve uma série de bons resultados até fracassar na Copa América de 2015. Dunga ainda durou um pouco mais, mas uma campanha terrível na Copa América Centenário, em 2016, custou o cargo. Iniciaria ali a Era Tite, que comandou uma campanha tranquila e sem sustos nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Antes do Mundial, bons resultados nos amistosos também trouxeram boas perspectivas. Mas o Brasil fez uma Copa discreta e longe de encantar. Sem brilhar, foi primeiro colocado no grupo, eliminou o México nas oitavas e, desta vez, parou na Bélgica, novamente nas quartas. Tite continuou no cargo, fato raro para treinadores que perdem Copas, e venceu a Copa América em 2019. Terá outra chance em um Mundial agora, em 2022.