A Haas, equipe de Fórmula 1 dos Estados Unidos, anunciou o rompimento de contrato com a principal patrocinadora, Uralkali - russa do ramo de fertilizantes - e com o piloto russo Nikita Mazepin. Um dos donos da empresa é Dmitry Mazepin, oligarca russo associado ao presidente Vladimir Putin e pai de Nikita.

A decisão da equipe vem na esteira de uma série de boicotes à Rússia nos esportes depois da invasão da Ucrânia: o país foi excluído dos Jogos Paralímpicos de Pequim, o GP da Rússia foi retirado do circuito do Mundial de F1 e a final da Champions League, que seria em São Petersburgo, foi realocada.

Piloto lamentou decisão

O piloto se pronunciou em redes sociais após o anúncio afirmando que a decisão foi unilateral.

"Estou muito desapontado em saber que meu contrato com a F1 foi interrompido. Apesar de entender as dificuldades, as decisões da (Federação Internacional de Automobilismo (FIA) somadas à minha vontade contínua de aceitar as condições propostas para continuar na competição foram completamente ignoradas. e nenhum processo se seguiu a essa decisão unilateral. Agradeço eternamente aos que tentaram entender. Eu estimo meu tempo na F1 e espero que possamos estar juntos novamente em tempos melhores", publicou.

Dentre as decisões da FIA, estava a assinatura de um termo de compromisso de solidariedade com a Ucrânia, segundo o qual pilotos da Rússia e Belarus não poderiam usar símbolos nacionais, cores ou bandeiras russos. Eles só podem competir de forma individual, sem representar o país.

Carreira

Com apenas 23 anos, Mazepin teve carreira marcada por turbulências, que incluem agressão a outro piloto e um caso de assédio a uma jovem embriagada.

Houve poucas glórias -  em uma equipe fraca, o russo se acostumou a ser lanterna.