Na década de 1990, Luís Carlos Goiano se destacou como um dos volantes mais combativos do futebol brasileiro. Peça-chave nos títulos da Libertadores de 1995 e do Brasileirão de 1996 pelo Grêmio, ele também integrou o elenco multicampeão do São Paulo de Telê Santana. Atualmente, longe dos gramados, Goiano continua no futebol: hoje atua como diretor executivo do Noroeste, clube do interior paulista. O Lance! te conta por onde anda Goiano.
Início no Novorizontino e passagem pelo São Paulo
Natural de Santa Bárbara de Goiás, Goiano começou sua trajetória profissional no Novorizontino. Mesmo ainda jovem, logo se firmou como titular e chamou atenção por sua raça, marcação firme e capacidade de liderança. Em 1993, foi emprestado ao São Paulo justamente no momento em que o clube vivia sua fase mais gloriosa, sob o comando de Telê Santana.
No Tricolor paulista, Goiano participou das campanhas vitoriosas da Libertadores e do Mundial de Clubes daquele ano. Foram apenas 16 jogos, mas o suficiente para sentir o gosto de grandes conquistas. Uma lesão no joelho, porém, interrompeu sua continuidade no Morumbi. O São Paulo tinha a opção de compra, mas optou por não exercer após o problema físico.
Ascensão de Goiano no Grêmio de Felipão
Em 1995, Goiano foi contratado pelo Grêmio a pedido de Luiz Felipe Scolari. E ali viveu a melhor fase de sua carreira. Logo em sua primeira temporada, foi titular absoluto na conquista da Libertadores, formando dupla de marcação com Dinho e se destacando pelo vigor físico e inteligência tática. Também fez parte do time campeão da Recopa e do Gauchão.
No ano seguinte, foi campeão brasileiro e premiado com a Bola de Prata da revista Placar. Com a braçadeira de capitão, tornou-se referência no vestiário e um dos jogadores mais regulares da equipe. Disputou ao todo 287 partidas com a camisa gremista, marcando 30 gols — um número alto para um volante.
Felipão, inclusive, citou Goiano como um dos 11 melhores jogadores que treinou na carreira, durante entrevista à The Coaches’ Voice em 2019. A despedida do Grêmio foi em um Gre-Nal válido pela Seletiva da Libertadores, encerrando sua passagem como capitão do time.
Por onde anda Goiano?
Após deixar o Grêmio, Goiano atuou pelo Atlético Paranaense em 2000, conquistando o título estadual e disputando a Libertadores. Passou ainda por Etti Jundiaí (Paulista de Jundiaí), América Mineiro, Matonense e encerrou a carreira em 2003. O fim precoce aconteceu após uma lesão no tendão do tornozelo durante uma brincadeira entre amigos.
Fora dos gramados, iniciou a nova fase como auxiliar técnico, passando por Guaratinguetá e Figueirense. Em 2009, foi treinador do Barueri na reta final do Brasileirão, e em 2010 comandou o Mirassol por duas rodadas antes de ser demitido.
Mais tarde, se tornou um dos fundadores do Grêmio Novorizontino, onde trabalhou como coordenador técnico e diretor executivo entre 2013 e 2022. Em julho de 2022, assumiu o cargo de co-executivo de futebol no Noroeste, onde permanece até hoje, exercendo funções administrativas e contribuindo com sua experiência no comando do futebol.
Clubes na carreira de Goiano
- Novorizontino – 1987 a 1994
- São José-SP (empréstimo) – 1990
- Ponte Preta (empréstimo) – 1992
- Sport (empréstimo) – 1992
- São Paulo (empréstimo) – 1993
- Remo – 1994
- Grêmio – 1995 a 1999
- Atlético-PR – 2000
- Etti Jundiaí (Paulista) – 2001
- América-MG – 2002–2003
Títulos mais importantes
- Copa Libertadores – 1995 (Grêmio)
- Campeonato Brasileiro – 1996 (Grêmio)
- Recopa Sul-Americana – 1996 (Grêmio)
- Campeonato Gaúcho – 1995, 1996 (Grêmio)
- Campeonato Paulista Série A2 – 2001 (Paulista)
- Campeonato Brasileiro Série C – 2001 (Paulista)
- Copa Intercontinental e Libertadores – 1993 (São Paulo, como parte do elenco)