PASADENA (EUA) - A classificação do Botafogo às oitavas de final do Mundial de Clubes passa muito pelo sistema defensivo, setor que nos últimos meses vinha apresentando momentos de instabilidade. O time teve problemas para se defender inclusive na estreia desta Copa do Mundo de Clubes da Fifa, diante do Seattle Sounders, mas se recuperou fazendo duas partidas próximas do irrepreensível na sequência, contra PSG e Atlético de Madrid.

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Até aqui, foram apenas dois gols sofridos em duas partidas, média de 0,66 por jogo, praticamente a mesma que o Botafogo tem no Brasileirão, de 0,63 por partida. Sofrer poucos gols tem sido o caminho do time para conquistar bons resultados, uma vez que o ataque alvinegro é econômico: média de um gol marcado a cada jogo da Copa do Mundo de Clubes, ante 1,27 no campeonato nacional.

O miolo de zaga é formado por Jair Cunha e Alexander Barboza, dupla que se entrosou bem mesmo que o nem tenha atuado tanto nos últimos meses — Barboza ficou cerca de três semanas afastado em maio por causa de uma lesão no pé esquerdo.

Não é só a zaga: todo o time do Botafogo defende no Mundial

Mas é o conjunto do Botafogo como um todo que tem dado solidez defensiva no Mundial de Clubes, algo que ficou bastante nítido na melhor partida do time até aqui, quando venceu o PSG por 2 a 1.

— É humildade. Todo mundo correndo pra trás, pra frente, pro lado, jogando junto, não dando espaço para o rival — disse Barboza depois daquela partida.

Nessa segunda-feira, Jair fez avaliação semelhante após o jogo com o Atlético de Madrid. Mesmo que o Botafogo tenha sido derrotado, o time só foi ter a meta vazada aos 41 do segundo tempo, quando se encaminhava para encerrar dois confrontos sem sofrer gols.

— É fruto do nosso trabalho. Estamos trabalhando muito bem, tem também os conselhos do (Renato) Paiva, de toda a comissão — pontuou o zagueiro.

— Evoluímos muito no duelo um contra um. Dá para ver que a equipe está bem firme, bem esforçada — acrescentou Jair Cunha.

Primeira opção para a zaga na ausência de algum dos titulares, David Ricardo também avaliou que o bom momento defensivo do Botafogo passa pelo entendimento da equipe de que todos têm que colaborar com o setor.

— Diante do PSG fizemos um jogo mais sólido, todo mundo unido, com vontade de marcar, com as linhas mais juntas. Isso foi o ponto-chave para aquela vitória — considerou o defensor.

Alexander Barboza teve atuação destacada diante do PSG pelo Mundial de Clubes
Alexander Barboza teve atuação destacada diante do PSG pelo Mundial de Clubes (Foto: Vitor Silva/Botafogo)