O PSG entra em campo nesta quinta-feira (19), às 22h (de Brasília), para enfrentar o Botafogo, pela segunda rodada do Grupo B do Mundial de Clubes. O duelo, que será disputado no histórico Rose Bowl, em Los Angeles, coloca frente a frente não só dois estilos de jogo, mas também duas realidades financeiras completamente distintas.
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Enquanto o Botafogo é gerido por John Textor, empresário norte-americano com investimentos em clubes ao redor do mundo, o PSG tem por trás um dos projetos esportivos mais ambiciosos do século: o fundo Qatar Sports Investments (QSI), comandado por Nasser Al-Khelaifi. Mas afinal, de onde vem a fortuna e o poder do homem forte do clube francês?
🎾 Do tênis ao topo do esporte
Nascido em 12 de novembro de 1973, Nasser Al-Khelaifi teve uma breve carreira como tenista profissional. Representou o Catar em torneios internacionais nos anos 1990, mas sem grande destaque dentro das quadras. No entanto, o esporte foi a ponte que o conectou a pessoas influentes no país — especialmente ao atual emir, Tamim bin Hamad Al Thani, também ex-tenista e seu amigo pessoal.
Essa relação próxima com o governante catariano foi decisiva para o salto de Al-Khelaifi aos negócios. Ele passou a integrar os principais conselhos e projetos ligados ao esporte no Catar.
🏦 O poder do Catar no PSG
Al-Khelaifi é presidente da Qatar Sports Investments (QSI), fundo de investimento soberano ligado ao governo do Catar. Foi por meio da QSI que, em 2011, o PSG foi comprado e passou a ser o principal projeto esportivo internacional do país.
Desde então, o dirigente se tornou o rosto do projeto, responsável por transformar o PSG em uma potência global, com investimentos bilionários em infraestrutura, marketing e craques. O clube passou de figurante a protagonista na Europa e conquistou a Champions League na atual temporada.
📡 Outras funções e influência global
Além do comando no PSG e na QSI, Nasser Al-Khelaifi preside o beIN Media Group, conglomerado de mídia esportiva com atuação em mais de 40 países e direitos de transmissão de grandes eventos. Também ocupa cargos estratégicos no futebol europeu: é membro do Comitê Executivo da UEFA e presidente da Associação de Clubes Europeus (ECA), o que amplia sua capacidade de influência sobre as decisões do futebol internacional.
💼 Fortuna pessoal? Um mistério
Diferente de bilionários tradicionais, a fortuna de Al-Khelaifi é difícil de mensurar. Estimativas variam entre US$ 70 milhões e US$ 8 bilhões, mas o que realmente o diferencia é a estrutura por trás de sua atuação. Ele não é apenas um dirigente — é o principal representante do estado do Catar no futebol mundial.
Em vez de atuar com capital próprio, como empresários do Ocidente, Al-Khelaifi é um executivo estatal com orçamento praticamente ilimitado para executar a ambiciosa estratégia de soft power esportivo do seu país.
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