Com a complicada situação financeira do clube, como afirmou um dos sócios investidores, Rafael Menin, em entrevista coletiva, a chegada de um novo investidor no Atlético não está descartada internamente. O Galo está procurando um parceiro no mercado para fazer um aporte e aliviar a situação financeira da equipe, principalmente a curto prazo. 

De acordo com o balanço financeiro divulgado pelo Atlético, um aporte entre R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão seria o ideal para tornar as contas sustentáveis. Caso isso não aconteça em breve, o clube terá que procurar outras alternativas para se manter saudável financeiramente, como a readequação da folha salarial e dos investimentos no elenco, entre outras alternativas. 

O Atlético também trabalha para renegociar as dívidas de Certificado de Recebíveis Imobiliários, os CRIs, da Arena MRV, que giram em torno de R$ 500 milhões, conforme apresentado pelo clube no balanço. O plano é amenizar os efeitos no fluxo de caixa do clube.

A procura por esse novo sócio foi informada, inclusive, por Rafael Menin, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético. Em entrevista coletiva realizada no começo deste mês, Menin comentou sobre a possibilidade. “O Galo é uma instituição e paixão centenária e queremos resguardar isso. Sem querer limitar o perfil, mas temos a obrigação de buscar um perfil que dê uma sustentação cultural, esportiva e de relação com a torcida pelos próximos anos. Talvez apareça alguém com dinheiro, mas é o perfil correto? Vamos tentar ser zelosos. Se formos trazer alguém de fora, que seja alguém que some no longo prazo e não um projeto de poucos anos”, afirmou o empresário.

“Conseguir um investidor de boa reputação é uma mosca branca. Quem tá de fora acha que é levantar a mão e aparecer alguém para colocar R$ 1 bilhão e vai torcer pro Galo. Queríamos que fosse assim, mas não é”, completou Menin. Mas ainda não há um perfil de investidor traçado ou engatilhado.

Algumas possibilidades sobre a venda da SAF do Atlético podem ser avaliadas, entre elas a aquisição de um percentual da associação. A lei da SAF no Brasil permite que a associação tenha apenas 10% do clube. Um novo aporte, por parte da família Menin, como disse Rafael Menin, em sua coletiva, também não está fora de pauta, apesar de não ser considerado prioridade no momento.

Atualmente, os 75% do Atlético que a SAF detém estão divididos entre Ricardo Guimarães com 8,43%, a 2R Holding, formada por Rubens e Rafael Menin, que possuem 55,74%, a FIP Galo Forte, de Daniel Vorcaro, que possui 26,88% do clube e o Fundo de Investimento do Galo, o FIGA, criado para que torcedores aportem dinheiro na SAF do clube, com 8,96%.