A corrida dos 100 m rasos, do atletismo, é uma das principais provas do atletismo e qualifica o homem e mulher mais rápido do mundo. Nos Jogos de Paris, a prova feminina acontece na sexta-feira, dia 2 de agosto, com a rodada preliminar e promete grandes emoções nas Olimpíadas 2024. Enquanto, o masculino acontece no sábado, 3 de agosto, às 5h30. 

Serão pouco menos de dez segundos, em que o mundo estará parado, com os olhos na pista do Estádio da France, para descobrir quais serão os atletas mais rápidos do mundo dos Jogos Olímpicos. E se alguém conseguir superar o recorde mundial do jamaicano Usain Bolt, de 9.58, conquistado no Campeonato Mundial de 2009, e a marca de 10.49 da prova dos 100m feminino que a estadunidense Florence Griffith-Joyner,  detém desde 1988.

Na olimpíada de Paris, o principal destaque da prova é o norte-americano Noah Lyles. O velocista foi recém-coroado como "o homem mais rápido do mundo", após ganhar os 100m e os 200m no Campeonato Mundial de Atletismo Budapeste 2023, e está pronto para perseguir o impossível nos Jogos Olímpicos Paris 2024: ser mais rápido que Usain Bolt.

Noah Lyles venceu a última etapa da Diamond League, em Londres, com o tempo de 9,81 segundos, reduzindo dois centímetros a baixo do seu recorde pessoal. Com o resultados, o norte-americano é o terceiro homem mais rápido do mundo em 2024, atrás do vencedor jamaicano das seletivas olímpicas Kishane Thompson (9,77) e do queniano Ferdinand Omanyala (9,79). 

"Penso que, quando se chega ao topo, se começa a perceber: 'O que preciso fazer para ser considerado o melhor de todos os tempos quando deixar o esporte?'", disse Lyles, depois de conquistar a vitória nos 200m durante a Seletiva Olímpica dos Estados Unidos em 2024.

"Quebrar um recorde mundial é uma das duas coisas que ainda não fiz: a primeira é conquistar o ouro Olímpico e, então, conseguir um recorde mundial.

No entanto, para se tornar o próximo campeão olímpico. Noah Lyles precisará superar adversários como Marcell Jacobs e Andre De Grasse, os campeões Olímpicos em Tóquio 2020.

Ainda que seja favorito a ganhar ambos os eventos em Paris 2024, Lyles já está de olho em um evento em particular para o recorde mundial: os 200m.

"Eu digo que os 200m são os mais fáceis dos dois", ele explicou aos repórteres, durante a seletiva Olímpica americana. "Não estou dizendo que sejam fáceis, por si. Mas, com certeza, é onde meu coração bate mais forte."

Apesar de seu desejo de ver os recordes caírem, ele aprecia o desafio de bater os tempos de Bolt.

"O que é ganhar sem a torcida? O que é ganhar sem competição? O que é ganhar sem dificuldades?", ele ponderou publicamente, durante a seletiva americana. "Você sabe, se é fácil de vencer, por que fazer isso? Se qualquer um consegue, por que fazer? São as coisas difíceis que eu quero ir atrás."

CANDIDATOS A ZEBRA

Ferdinand Omanyala

 

A final dos 100m, porém, não é apenas Lyles e dos campeões Olímpicos em Tóquio 2020Marcell Jacobs e Andre De Grasse. Há candidatos fortes na disputa pelo bronze e mesmo  podem roubar a cena dos protagonistas um deles Fred Kerley , campeão mundial de 2022 e medalhista Olímpico de prata em Tóquio 2020 na mesma categoria.

Além deles, os jamaicanos Kishane Thompson, que possui o menor tempo de (9s77) e Oblique Seville (9s82) a estrelas africana em ascensão Ferdinand Omanyala ( 9s79 / Foto), do Quênia, que podem aparecer no pódio.


Brasileiros nos 100 metros

O Brasil terá como representantes nos 100 m rasos masculino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, somente  dois atletas que conseguiram correr abaixo da marca de 10 segundos na prova em toda a história. Felipe Bardi o atual recordista sul-americano com 9s96 e o velocista Erik Cardoso tem 9s97 como sua melhor marca.

Em 2019, no Troféu Brasil, Paulo André Camilo (foto), PA, ex-BBB, como ficou conhecido recentemente, correu os 100 m em 9s90, mas o tempo não foi homologado porque o vento estava a 3,2 m/s. O país não vai ao pódio na prova desde 1988, há 36 anos com Robson Caetano.