A ginástica rítmica é uma das modalidades mais tradicionais do programa olímpico, e também, a partir de Paris-2024, é a única restrita a mulheres. Reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) em 1963 e incluída nas Olimpíadas em 1984, a ginástica rítmica não tem a participação masculina no alto nível.
Porque não tem ginástica rítmica masculina nas Olimpíadas
Esporte que mistura elementos de dança, ginástica e calistenia, a ginástica rítmica é considerada essencialmente feminina. Na modalidade, a graciosidade, beleza e feminilidade são valorizadas e esperadas. Historicamente, a modalidade foi pensada e moldada para enfatizar características femininas, por isso, a quantidade de homens que a praticam, ainda, é muito restrita.
Para fazer parte do programa olímpico, um esporte precisa ser reconhecido oficialmente por um órgão internacional, além de cumprir requisitos relacionados ao controle de doping e ter participantes em um número significativo de países, com amplo desenvolvimento de competições. Esses já são alguns critérios que impedem a participação de homens na ginástica rítmica olímpica.
A FIG é resistente em reconhecer o naipe masculino como oficial, e homens somente participam de competições não-profissionais em alguns países. Além disso, a modalidade é praticada em um número restrito de nações, tendo o Japão como o principal expoente. Por lá, há cerca de 2 mil ginastas.
Além disso, a ginástica rítmica masculina não utiliza os mesmos elementos do que a sua "irmã". Na feminina, por exemplo, há provas com arco, bola, maças e fita, enquanto os homens não usam nenhuma dessas. Os movimentos são semelhantes ao da ginástica aeróbica, com a inclusão de acrobacias mais parecidas com a da ginástica artística. Veja:
Alguns atletas travam uma luta para a inclusão da ginástica rítmica masculina em competições oficiais e internacionais, enquanto outros acreditam que isso faria com que a modalidade perdesse o apelo. Por enquanto, não há nenhuma sinalização de que a modalidade seja reconhecida e incluída no programa olímpico.
Existe nado sincronizado masculino?
Em 2024, o Comitê Olímpico Internacional (COI) deu aval à World Aquatics, o órgão internacional de esportes aquáticos, para incluir homens no nado sincronizado (hoje chamado de nado artístico) no programa olímpico dos Jogos de Paris. Essa é a primeira edição que permite a participação masculina na modalidade, porém, nenhum país convocou homens entre os representantes.