O ano de 2022 é bom para o futebol mineiro. Depois da diminuição de casos de Covid-19 e do aumento expressivo da vacinação, vários eventos voltaram a receber público. E antigos problemas também estão de volta.
Após a realização de jogos, nos últimos dias, várias pessoas têm reclamado bastante da demora e da confusão do trânsito na saída do Mineirão. O Tempo Sports mostrou o que tem acontecido, ouviu os responsáveis envolvidos e mostrou também possíveis soluções que podem ajudar a resolver esse problema.
E os problemas não foram só em jogos de futebol com grande público. Em 12 de maio, a banda norte-americana Metallica se apresentou no maior palco do futebol mineiro para um público superior a 50 mil pessoas. "O show foi ótimo, perfeito. Mas a saída... Fiquei duas horas e meia parado no estacionamento do Mineirão, dentro do carro, ligando e desligando o veículo e sem sair do lugar. Um absurdo", reclamou o jornalista Carlos Correa, de 48 anos.
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Gargalos do lado de fora do Mineirão
Mas quando o assunto é o futebol, obviamente o principal produto do Mineirão, a experiência não é diferente. A questão não é somente no estádio, no estacionamento, mas principalmente fora.
"Saímos do estádio quando o jogo terminou e ficamos ao redor por quase uma hora. Quando decidimos ir embora, o trânsito estava carregadíssimo. Não sei o que acontece, mas parece ser muito difícil fazer escoar os carros, ônibus e motos das pessoas que vão ao estádio assistir aos jogos. O trânsito fica absolutamente impraticável", lembrou a professora Luciana Souza, de 45 anos.
Ela esteve no jogo entre Cruzeiro e Sampaio Corrêa, pela Série B, em 22 de maio, com um público de quase 60 mil pessoas.
Alternativas de transporte escassas e ruins
Mas engana-se quem pensa que, em eventos com públicos menores, a vida do torcedor é mais fácil. Conseguir ir embora, se não for em veículo próprio, é uma aventura, muitas vezes, bastante perigosa.
Depois de vários jogos, profissionais que trabalham no evento e usam aplicativo também sofrem. Precisam caminhar por muitos quilômetros, carregando equipamentos pesados e caros, para tentar conseguir um aplicativo.
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"Ir ao Mineirão e depender do transporte público para voltar não é uma experiência agradável. Se você mora em regiões mais afastadas, então, a quantidade de ônibus é praticamente zero. Não tem veículos e eles passam praticamente de uma em uma hora. Se o jogo terminar tarde, então, demora muito", avalia o auxiliar operacional Samuel Rodrigo, de 24 anos.
"E se você for de carro, não é muito diferente. Você é obrigado a pagar uma taxa de estacionamento altíssima. Já vi gente cobrando R$ 50 do lado de fora. E, se achar vaga, tem que pagar o flanelinha, que ameaça riscar seu carro. E depois dos jogos o trânsito fica extremamente pesado", conclui Rodrigo.