A briga entre membros de torcidas organizadas de Atlético e Cruzeiro, no bairro Boa Vista, região Leste de Belo Horizonte, que culminou na morte de um cruzeirense, neste domingo (6), assustou pela selvageria que volta a rondar as vésperas do clássico entre os rivais. Porém, está longe de ser um caso isolado nos momentos que antecedem a partida entre os rivais (e até mesmo em outras partidas).

Briga entre torcidas antes do clássico entre Atlético e Cruzeiro:

Se pegarmos pela história, vários foram os confrontos violentos entre integrantes das organizadas Galoucura e Máfia Azul. Porém, um breve recorte de seis meses, mostra que os ânimos ficaram ainda mais acirrados e tiveram fim trágico ou temeroso como o deste domingo. Relembre-os.

28 de novembro de 2021

Era 28 de novembro de 2021, quando torcedores do Cruzeiro fizeram uma emboscada na rua dos Industriários, no bairro das Indústrias, após a partida do Atlético pelo Campeonato Brasileiro. De acordo com militares, passageiros contaram aos policiais que o coletivo foi interceptado por um Chevrolet Blazer, onde estavam os suspeitos. 

Em seguida, os vândalos começaram a jogar pedras, foguetes, pedaços de pau e barras de ferro contra o veículo. Não satisfeito, o grupo ainda impediu que os passageiros descessem pela porta dos fundos e jogaram um coquetel molotov, que atingiu as vítimas. 

Um atleticano, de apenas 20 anos, não resistiu aos ferimentos.

Após pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Federação Mineira de Futebol (FMF) baniu a Máfia Azul dos estádios por seis meses.

1º de fevereiro de 2022

Durante a vitória da seleção brasileira sobre o Paraguai por 4 a 0, em jogo realizado no Mineirão, uma briga generalizada entre integrantes da Galoucura e Máfia Azul tomou conta do confronto.

Vinte e uma pessoas foram detidas, todas elas da organizada alvinegra. Cinco foram enquadrados em tentativa de homicídio por golpes direcionados à cabeça de uma das vítimas. Assim como outrora com a Máfia Azul, o MPMG pediu o banimento da Galoucura por seis meses à FMF, que acatou a decisão