A holandesa Celeste Plak, reforço do Minas Tênis Clube, está em sua primeira temporada no vôlei brasileiro e já coleciona conquistas. Recentemente, ajudou o time a levantar os troféus do Campeonato Mineiro Codemge 2024 e da Supercopa de Vôlei Feminino, ambos diante do Dentil/Praia Clube. Aos poucos, a jogadora de 28 anos vai se adaptando à nova rotina em Belo Horizonte.

Na estreia da Superliga feminina diante do Brusque, na sexta-feira (18/10), Plak foi destaque do elenco minastrenista ao lado da oposta Kisy como as maiores pontuadoras, com 13 pontos. Além disso, foi eleita a melhor jogadora da partida e recebeu o primeiro troféu Viva Vôlei. "Fico muito feliz com o prêmio e principalmente com a vitória. Essa foi a primeira vez que joguei na Arena e foi lindo contar com o apoio da torcida tão amorosa", declarou a ponteira holandesa.

Celeste Plak foi eleita a melhor jogadora em quadra na estreia do Minas pela Superliga Feminina | Foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube

Em entrevista a O TEMPO Sports, Celeste pediu que a conversa fosse em português. Apesar de ainda estar aprendendo o idioma, com a ajuda de aulas, filmes e séries da Netflix, a ponteira revelou estar focada em melhorar. “Os primeiros meses aqui foram muito tranquilos. As pessoas de Belo Horizonte são muito gentis, todo mundo quer ajudar”, contou. “Eu tenho uma professora de português muito boa. Além disso, minhas amigas brasileiras me ensinam e me ajudam muito com o idioma. Quando estou em casa, assisto filmes e séries em português, com áudio em inglês, assim vou aprendendo mais rápido. Me cobro muito e quero melhorar ainda mais o meu vocabulário”, disse a atleta.

Celeste foi anunciada pelo Minas em junho, após defender a seleção da Holanda durante a Liga das Nações e nas Olimpíadas de Paris 2024. A ponteira é natural de Tuitjenhorn, e começou no vôlei no Apeldoorn, time local, e depois seguiu para o Bergamo, da Itália, em 2014, onde fez história como a primeira jogadora negra da seleção holandesa de vôlei feminino. A atleta também passou por outros clubes italianos, japoneses e turcos. Na última temporada, vestiu a camisa do Besiktas e definiu a nova fase em solo brasileiro como "emocionante e desafiadora".

Questionada sobre sua adaptação ao vôlei brasileiro, Plak destacou a qualidade técnica do jogo no país. “Na Itália, o vôlei é muito técnico. No Japão, a ênfase é na defesa. O estilo de jogo brasileiro é completo, com defesa, bom passe, recepção e muita velocidade. É um jogo poderoso, cheio de paixão, e eu gosto muito de jogar assim”.

Fã de comida brasileira

Celeste Plak ao lado de Kisy e outras companheiras do Gerdau Minas | Foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube


Além da nova experiência esportiva e o carinho dos torcedores, a culinária local também conquistou a holandesa. Apesar das diferenças em relação à gastronomia mineira e de seu país, Celeste revela que não teve dificuldade para se adaptar. “O pão de queijo é típico de Minas, e eu gosto muito. Também adoro churrasco. A qualidade da carne aqui é excelente, amo picanha. E gosto muito de tapioca”.

Durante a final da Supercopa, disputada em Manaus, Celeste se encantou com as belezas naturais da região. Após a conquista, ela e as companheiras de equipe aproveitaram os dias de folga para fazer um tour pelo rio Negro, onde tiveram a chance de nadar com botos. “Foi incrível nadar com os botos”, contou a jogadora, impressionada com a experiência no Norte do Brasil.