A família da ex-jogadora de vôlei Walewska, falecida em setembro passado, aos 43 anos, registrou queixa-crime nesta terça-feira (14), no 78º Distrito Policial de São Paulo, contra o viúvo da campeã olímpica, Ricardo Alexandre Mendes. A medida foi tomada porque os pais da atleta estariam sendo coagidos pelo ex-genro no curso do processo de partilha de bens, além de ele praticar extorsão em função das cobranças consideradas indevidas do pagamento de aluguel do apartamento onde a família vive, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. 

Ricardo e os pais da ex-jogadora são os herdeiros dos bens deixados por ela. Além disso, o viúvo é inventariante no processo de partilha do patrimônio. Contudo, embora a ação ainda não tenha definido a divisão, em abril passado, o viúvo enviou cobrança extrajudicial à família, solicitando que eles paguem aluguel de R$ 2.070 do apartamento onde vivem na capital mineira

“Apresentamos ao delegado as nossas alegações para que ele investigue e tome as providências cabíveis em face da situação fática que o advogado João Mannsur e seu cliente Ricardo Mendes buscaram por meio de notificação extrajudicial a coação no curso do processo, bem como extorsão em face de imóvel que não compõe o acervo dos bens que serão partilhados em função do casamento com o senhor Ricardo Mendes”, afirma Eric Vaccarezza, advogado que representa os pais de Walewska no processo. 

A família de Walewska também alega que o ex-genro omitiu bens adquiridos por ela ao longo da carreira. Segundo levantamento feito pelos advogados, seriam 23 imóveis em nome dela, a maioria em São Paulo. Além disso, Ricardo não mencionou na declaração ser proprietário de um veículo Porsche Cayman, modelo 2011, avaliado em cerca de R$ 350 mil

“Enquanto Ricardo e o advogado dele querem expulsar os pais de Walewska de um apartamento modesto em Belo Horizonte, alegando não ter condições de custear o processo, ele já gastou fortunas neste ano em viagens para a Itália”, acusa Eric Vaccarezza. 

Resposta

O advogado João Manssur, que representa Ricardo Mendes no processo, foi procurado para falar sobre o assunto, mas não retornou até a publicação desta matéria. Havendo retorno, o texto será atualizado. 

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