Vôlei masculino

Associação de Clubes de Vôlei quer crescer com Libertadores

ACV usa intercâmbio com hermanos para fazer torneio continental ganhar força

Por Daniel Ottoni
Publicado em 07 de janeiro de 2019 | 07:00
 
 
 
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Quando, no dia 28 de setembro do ano passado, a bola foi levantada para dar início ao duelo entre o Sada Cruzeiro e o Sesc-RJ, pela nova Copa Libertadores de Vôlei, começava a ser colocada em prática uma ideia que, fruto do esforço da Associação de Clubes de Vôlei (ACV), entidade brasileira, e da Associação de Clubes Argentinos de Vôlei (ACLAV), ia muito além de uma nova competição no cenário sul-americano.

“É um acontecimento muito importante e inédito para todo o continente. É um torneio de grande potencial, e contamos com o apoio dos clubes, federações e associações. Os jogadores estão tendo a chance de jogar um torneio do mais alto nível, e será fundamental a participação de dirigentes, patrocinadores e demais envolvidos para que esta competição funcione bem”, indica Marcelo Mendez, técnico do Sada Cruzeiro.

O que, meses atrás, parecia incipiente conseguiu sair do papel após três reuniões que contaram com a presença de dirigentes, técnicos e representantes das associações e clubes. Para mostrar força, o torneio reúne quatro dos mais importantes times dos dois países. Os brasileiros chegam com as equipes de maior investimento (Sada Cruzeiro, Sesc-RJ, Sesi-SP e EMS Taubaté Funvic-SP), enquanto os argentinos, com UPCN, Personal Bolívar, Ciudad Voley e Libertad.

Em parceria com uma entidade veterana e que é responsável pela organização da Liga Argentina, a ACV sabe que tem muito a ganhar. “Eles têm todo um know-how de gestão. Queremos nos aproximar para fundamentar melhor o nosso trabalho, mesmo sabendo que cada país tem a sua realidade”, afirma Andrey Souza, presidente da ACV.

Para os argentinos, a criação da ACV atesta o comprometimento dos times brasileiros. “Não tenho dúvidas de que vai alcançar estrutura e espaço administrativo similares aos nossos”, destaca Eduardo Demaestri, presidente da ACLAV. Mesmo não sendo um torneio oficial, a ideia é que a Libertadores prossiga nos próximos anos, já contando com apoio mais efetivo de entidades como a CBV. Um sonho da Libertadores é se tornar a competição que definirá os representantes sul-americanos no Mundial de clubes.

Em tempo: na terça-feira, 8, o Sada Cruzeiro enfrenta o dono da casa Bolívar, a partir das 21h30, no ginásio República de Venezuela. Já na quarta, 9, no mesmo local, o adversário será o Ciudad Voley, às 18h30, finalizando seus jogos da fase de classificação. No fim de outubro, em Contagem, os cruzeirenses venceram os dois argentinos por 3 a 0.

Já garantido. Por ser sede da fase final, o EMS Funvic Taubaté-SP já tem presença certa na fase final da Libertadores. Desta forma, restam apenas mais três vagas nas semifinais. Um acordo entre ACV e ACLAV definiu que a fase final contará com times dos dois países. Sendo assim, a disputa promete ser acirrada, nos próximos jogos, envolvendo Sada Cruzeiro, Sesc-RJ e Sesi-SP. Destes, um ficará de fora do momento mais importante da nova competição.

Visita. Andrey Souza, presidente da Associação de Clubes de Vôlei (ACV), estará na Argentina nos próximos dias, na cidade de San Carlos de Bolívar, acompanhando os últimos jogos do grupo 1, que conta com presença do Sada Cruzeiro. Ele vai aproveitar para fazer reuniões com representantes da ACLAV. Um dos assuntos em pauta é a criação de uma Associação Sul-Americana de clubes de vôlei. Os jogos em terras brasileiras contaram com a presença de representante da ACLAV. 

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