Sem o mesmo peso econômico dos quatro maiores candidatos ao título da Superliga masculina, o Fiat-Minas chega com uma base mantida dos últimos anos, que favorece pelo fato do elenco já se conhecer e atuar junto há algum tempo.
Na final do Estadual, ter dado tanto trabalho para o Sada Cruzeiro, em jogo de cinco sets, foi uma das credenciais do time do técnico Nery Tambeiro para o que pode acontecer no resto da temporada. A equipe, por pouco, não surpreendeu e tirou o título do favorito azul. A estreia no torneio nacional acontece no próximo sábado, às18h, fora de casa, contra o Corinthians Guarulhos-SP
"Fizemos bons jogos com eles na atual temporada, chegamos a vencer um dos duelos em jogo de sets apertados. Sempre é bom jogar bem contra uma grande equipe, sabemos que estamos sendo vistos por outros times e técnicos e muita gente coloca 'bons olhos' após estas boas apresentações. É uma credencial favorável pro nosso time, conseguimos impôr mais respeito e aumenta nossa confiança. Quando entrarmos em quadra, os adversários estarão mais atentos ao que podemos oferecer de perigos", comenta o central Flávio, um dos pilares da equipe do técnico Nery Tambeiro, que parte para sua quinta temporada no comando.
"Mantivemos a base de dois ou três anos atrás, mudando uma ou duas peças somente. Isso facilita para acompanhar a evolução dos jovens jogadores que temos", analisa Nery. "A manutenção da base sempre nos fez bem. Contamos com a revelação de jogadores para o cenário nacional, atletas que costumam aproveitar bem as oportunidades quando entram em quadra. É sempre bom terboa parte do elenco da última temporada, este entrosamento facilita bastante no começo dos trabalhos", reforça Flávio.
Reais condições de superar favoritos
Mesmo sem a taça de campeão mineiro, que não vem desde 2007, o Minas sabe bem do seu poderio e das suas condições de ir bem. "Conseguimos dar trabalho para estes favoritos nos últimos anos, chegamos a vencê-los ou tiramos pontos em muitas oportunidades. Vejo nosso time com boas condições de estar sempre ali, perto desta briga pelo G-4", reforça Flávio.
"Hoje já conseguimos brigar de igual com o Sada, por exemplo. No returno do ano passado, perdemos no tie-break, situação que se repetiu na final do último Estadual. Ainda falta um pouco de maturidade em alguns momentos, mas vamos crescer muito. Precisamos lidar melhor com as situações-chave nos finais de set e reta final de partidas", alerta o treinador.
Entre as referências do Minas em quadra, estarão o levantador Marlon, no alto dos seus 41 anos e seguindo jogando em altíssimo nível e esbanjando categoria. Além dele, poderão contribuir bastante o ponta Honorato e o oposto Davy, duas das grandes revelações do clube no último ano. A dupla, ao lado dos centrais Flávio, Pingo e Pinta e do levantador Carísio, foi convocada para integrar a seleção B durante a Copa Pan-Americana, no México, no final de agosto e começo de setembro. Na final, o Brasil foi derrotado para a Argentina mas se garantiu no Pan de Lima, ano que vem. As novidades para este ano são Pinta, além do ponta Piá e do central Rafael.