Após seu primeiro ano jogando fora do Brasil, tendo a chance de se testar em outro cenário do vôlei mundial, o oposto Wallace não esconde que não tinha a intenção de voltar ao país de origem. Mas uma proposta de quem tem lugar marcado na sua carreira e memória despertou o desejo de reviver a história com a camisa do Sada Cruzeiro. Foram sete anos no clube, com 21 títulos. Entre eles, dois Mundiais, três Sul-Americanos e quatro Superligas. 

"A princípio, minha intenção não era voltar, mas apareceu esta oportunidade. Era algo que me deixaria mais tranquilo e confortável, o mercado lá se agita mais tarde, eu precisava fazer uma escolha sem poder demorar. Optei por voltar e foi uma decisão muito fácil de ser tomada, uniu o útil ao agradável. Aconteceu e estou muito feliz em estar de volta", comenta o jogador. Dentro do país, ele saiu do Cruzeiro para defender Sesc (RJ) e EMS Taubaté Funvic (SP). 

A tendência é que a chegada de Wallace interrompa a sequência de Alan, que tem propostas de fora do país, com o time celeste seguindo com uma opção da seleção brasileira. 

Wallace defendeu o Sport Toto, da Turquia, ajudando o time a conquistar o primeiro título da sua história. A Copa Turca fez a equipe atingir novo patamar, mesmo sem atingir uma melhor posição no campeonato nacional, quando terminou em 6º. "Tivemos uma troca de levantador por conta de lesão e demoramos a nos adaptar ao novo estilo de jogo. Mas o resultado final ficou de bom tamanho. O título conquistado valeu pela temporada toda", conta o jogador.

Dos 16 times da elite turca, Wallace indica os seis primeiros com uma maior qualidade, tirando também lições de quando não estava jogando. "Não é um campeonato fortíssimo, mas foi uma experiência interessante. Do lado de fora da quadra, eles tentam fazer de tudo para você se sentir à vontade, em casa mesmo. Eles fazem muita questão que a gente se adapte à cultura deles", lembra. 

Outra diferença citada pelo oposto foi em relação ao ritmo de treino. "Lá se joga, muitas vezes, no meio da tarde. Então, não se tem o treino da manhã muitas vezes. Em compensação, o treino da tarde, quando não tinha jogo, era muito forte. A gente queria chegar mais longe, mas ficou de bom tamanho", reforça.