As investigações da morte de Rodinei Nogueira Duarte, de 60 anos, em Ibirité, na região metropolita de Belo Horizonte, mudaram de rumo. O corpo da vítima foi encontrado dentro de uma van no bairro Eldorado, na manhã do último dia 23 de maio. Inicialmente, a Polícia Civil tratava o caso como homicídio, porém novas pistas indicam que o homem foi vítima de um latrocínio - roubo seguido de morte.
Delegado titular da Delegacia de Homicídios de Ibirité, Wellington Faria informou que as prisões de dois homens, de 29 e 39 anos, suspeitos de envolvimento no crime, foram fundamentais para a investigação. Ele contou que a dupla teria matado a vítima e roubou dinheiro e cartões e, além disso, feito saques e compras que foram realizadas no bairro Durval de Barros, também em Ibirité.
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“O corpo apresentava perfurações no pescoço e sangramento nasal. Além disso, um extintor com marcas de sangue foi encontrado no veículo e pode ter sido utilizado nas agressões. A causa da morte foi trauma abdominal contuso”, afirmou o delegado.
As investigações revelaram que Rodinei passou a noite anterior ao crime, dia 22 de maio, em uma padaria 24 horas na companhia de três homens desconhecidos até então. As imagens de câmeras de segurança mostram que o grupo consumia bebidas alcoólicas no local. Em seguida, todos seguiram juntos para outro bar, no bairro Lindeia, onde permaneceram até a manhã do dia 23.
Por volta das 5h30, um dos suspeitos deixou o local e foi descartado como autor. Já os outros dois saíram do estabelecimento acompanhados de Rodinei. Embriagado, o microempreendedor autorizou que um dos suspeitos dirigisse sua van. Ele ocupou o banco do carona. O grupo seguiu então em direção a uma área erma de Ibirité, onde o veículo foi abandonado com o corpo da vítima.
“Durante o trajeto até o local da desova, a vítima já havia sido agredida. As evidências mostram que o crime teve motivação patrimonial. Os cartões de Rodinei foram utilizados pelos suspeitos logo após o assassinato”, destacou o delegado.
Os dois presos alegam que foram deixados por Rodinei em uma praça e que, em seguida, foram para casa. No entanto, as imagens de segurança e outros elementos colhidos pela investigação desmentem essa versão.
Um dos suspeitos possui extensa ficha criminal, incluindo passagens por furto, estelionato e homicídio contra a companheira - crime cometido em 2007, antes da tipificação do feminicídio. Após matar a mulher, ele também utilizou seus cartões e dinheiro para fazer compras, em um padrão semelhante ao caso atual. Ele foi condenado, cumpriu pena e estava em liberdade.
Rodinei Nogueira Duarte era microempreendedor e atuava no ramo de produtos de fisioterapia. Segundo a Polícia Civil, ele e os suspeitos não se conheciam antes da noite do crime. “Tudo indica que a aproximação ocorreu de forma casual”, concluiu o delegado Wellington Faria.