Um detento foi encontrado sem vida no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nessa sexta-feira (4/7). O fato ocorreu menos de 48 horas após outra morte ter sido registrada no local. Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que todas as medidas administrativas relacionadas ao caso foram tomadas. Dois homens assumiram a autoria do crime, e as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Um terceiro preso está internado em estado grave após ter sido espancado no mesmo presídio nesse sábado (5/7). Um custodiado assumiu as agressões e está à disposição da Justiça. Na segunda-feira (30/6), outro detento foi encontrado morto no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte.

Testemunhas, que optaram pelo anonimato, afirmaram que as mortes podem ter sido cometidas no Presídio Inspetor José Martinho Drumond para “desafiar” a direção e também uma juíza que havia visitado o local na sexta-feira (4/7). Um policial penal afirmou à reportagem que a situação está “insustentável” para a categoria.

“Não há gerência, não há o que se falar em gerenciamento de crise. Fragilizaram os procedimentos”, afirmou ele, que destacou, ainda, que os policiais estão com os ‘pés e mãos atados’.

O detento morto nessa sexta-feira havia sido admitido no presídio em 18/02/2025 e tinha passagens pelo sistema prisional desde 2014.

Relembre

Um detento de 33 anos morreu  (3/7) durante uma briga no Presídio Inspetor José Martinho Drumond na quinta-feira (3/7), dentro da cela. Na ocasião, a Sejusp afirmou que instaurou um procedimento interno para investigar o caso.

“No curso das investigações internas, os presos da cela serão ouvidos pelo Conselho Disciplinar da unidade prisional e poderão sofrer sanções administrativas, que vão de advertência à comunicação ao juiz da execução”,  afirmou.

Já na segunda (30/6) um detento foi encontrado sem vida e com hematomas no Ceresp Gameleira, durante a contagem dos presos. Um homem assumiu a autoria do assassinato e responderá pelo homicídio na Justiça.