A irmã de Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi acompanhada do marido para reconhecer o corpo do gari no Instituto Médico Legal (IML), na noite desta segunda-feira (11/8), no bairro Nova Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte. O gari foi morto durante a  manhã de segunda-feira(11/8), enquanto trabalhava retirando lixo das ruas do bairro Nova Vista, também na região Oeste da capital. 

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Segundo Júlio César da Silva, empresário de 44 anos, cunhado da vítima, a família ficou sabendo da morte de Laudemir pela televisão. "A gente estava em casa e viu a reportagem. Quando acabou, foi quando minha esposa recebeu a ligação confirmando que era ele", afirmou.

Dor da irmã

Lidiane de Souza Fernandes, de 39 anos, dona de casa, é uma dos 8 irmãos de Laudemir. Na entrada do IML ela falou com o Super Notícia e disse que o irmão era uma pessoa alegre e trabalhadora, que todos gostavam muito dele na empresa e que a família está em choque com o que aconteceu: "A mãe está desolada no sofá, a filha e a esposa não param de chorar e um dos irmãos está em choque no hospital", disse.

Revolta com o suspeito 

O principal suspeito de cometer o crime é o empresário Rene da Silva Nogueira Júnior, de 44 anos. Ele é casado com Ana Paula Balbino Nogueira, delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. O homem foi preso na tarde desta segunda-feira (11/8), enquanto fazia musculação em uma academia de alto padrão na Av. Raja Gabaglia, no bairro Estoril, na região Oeste de BH. Sobre o suspeito, Lidiane diz em tom de revolta que "ele vai dormir com a consciência que ele tirou a vida de um homem honesto. Que a justiça de Deus seja feita, não vou dizer da justiça do homem não porque dizem que ele tem a costa quente, mas pra Deus nada é impossível", concluiu.

Antes de matar Laudemir, o suspeito teria ameaçado a condutora do caminhão de coleta. Segundo a PM, o caminhão estava parado para recolher lixo, quando um carro cinza, que seguia no sentido contrário, se aproximou. Irritado, o motorista sacou uma arma e apontou para a cabine, afirmando que “iria atirar na cara” da condutora do veículo se ela não retirasse o veículo do caminho. Laudemir vendo a discussão foi em defesa da motorista, "meu irmão morreu defendendo uma colega de trabalho. Era da índole dele fazer esse tipo de coisa. Ele dividia a marmita com o colega", concluiu com lágrimas no olhos. 

Laudemir de Souza Fernandes deixa uma filha de quinze anos e a esposa. O velório do gari será nesta terça-feira (12/8), na Igreja Quadrangular no bairro Nova Contagem em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte.