Um servidor municipal, de 48 anos, e sua filha, de 26, foram presos, nesta quarta-feira (13/8), sob a suspeita de integrarem um esquema de venda ilegal de terrenos em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Pai e filha são acusados de causarem um prejuízo estimado de mais de R$ 2 milhões à diversas vítimas do crime.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a investigação teve início a partir de denúncia da Procuradoria do Município, apresentada no início deste ano, e identificou irregularidades na negociação de terrenos e lotes no Distrito Industrial, no âmbito do Programa Avança Poços (Lei nº 8.602, de 2009).

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"Conforme apurado, o servidor alvo da ação atuava para obter vantagem indevida, exigindo contrapartidas de empresários interessados nos terrenos. Ele apresentava atas de reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Industrial (CDEI) com indícios de regularidade, mas que se mostraram falsas durante as investigações", explicou a PCMG.

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Prejuízo milionário

De acordo com a Polícia Civil, a filha do servidor público também teria participado do esquema, recebendo parte dos valores solicitados, inclusive por meio de contas próprias e de sociedades empresariais das quais eram sócias. A instituição apontou que três empresas tinham realizado pagamentos nos valores de R$ 100 mil, R$ 1,8 milhão e R$ 250 mil, superando a quantia de R$ 2 milhões.

Na ação em que pai e filha foram presos, os agentes apreenderam documentos, celulares e notebooks que irão auxiliar na instrução do inquérito, que foi instaurado para apurar os crimes de corrupção passiva, estelionato, uso de documento falso e associação criminosa.

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Os dois suspeitos foram conduzidos à delegacia para cumprimento das cautelares. O servidor teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado ao sistema prisional, enquanto a filha cumprirá prisão domiciliar, conforme determinação judicial.