Um homem de 41 anos, flagrado em vídeo agredindo e arrastando pelos cabelos a companheira, de 28 anos, foi preso pela Polícia Civil em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ele foi preso na terça-feira (12/8) pelo crime de lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha.

O caso ocorreu no último domingo (10/8), no bairro Canaã, na mesma cidade, e ganhou repercussão após vídeos de câmeras de segurança serem compartilhados nas redes sociais. Titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a delegada Daniela Novais Santana afirmou que as imagens chegaram ao conhecimento da equipe da polícia na segunda-feira (11/8).


“Pelas informações que tivemos, durante levantamentos, eles (vítima e suspeito) moravam em um assentamento e, em decorrência dessas agressões, os populares ficaram muito revoltados e ele (investigado) estava sendo ameaçado”, contou a delegada. Os policiais civis apuraram que o casal, junto há três anos, já morou em outros estados e que poderiam deixar a Uberlândia. 


Diante da informação de saída da cidade, os policiais foram até a rodoviária e foram informados que o casal tinha acabado de comprar passagens para Belo Horizonte. 


A equipe da PCMG se dirigiu então à rodoviária, onde recebeu a informação de que os dois já estavam em posse de passagens com destino a Belo Horizonte. O homem foi encontrado e preso no terminal rodoviário na companhia da vítima. 


A delegada contou em coletiva de imprensa que as investigações apontaram que o crime teria motivação fútil, sobressaindo a relação de dominação que muitos homens ainda acreditam ter sobre a mulher. “Ele alegou que ela estava embriagada e, depois de fazerem uso de drogas e álcool, ela começou a tirar a roupa. Em decorrência disso, ele ficou com muito ciúmes e a empurrou”, disse a policial. Ainda segundo o suspeito, “ele não tinha condições de carregar a mulher, então, ele a arrastou pelo cabelo até atrás de um caminhão. Ali eles continuaram a discussão”, completou Daniela.


Testemunhas relataram à polícia um histórico de violência entre o casal, com brigas frequentes e agressões. “Embora a vítima tenha negado ter sido agredida em outras oportunidades, ela apresentava lesões corporais compatíveis ao arrastamento e também outras lesões”, pontuou a delegada. A vítima não se lembrava de ter sido arrastada em decorrência do uso de drogas. A mulher recusou acolhimento psicológico e social oferecido pela polícia.