Um auxiliar de serviços gerais terceirizado, que não teve a idade divulgada, foi preso na tarde da última quinta-feira (14/8) dentro da Escola Municipal Professor Domingos Diniz, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após confessar ter assediado uma estudante de 12 anos. O caso foi registrado pela Guarda Civil Municipal e confirmado pela Secretaria Municipal de Educação (Seduc) da cidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima relatou que estava sozinha na sala de aula quando o funcionário pediu ajuda para tirar um cisco de seu olho. Quando a menina se aproximou, na tentativa de assoprar o olho do suspeito, ele teria colocado a mão em seu ombro e tentado beijá-la na boca. 

No relato aos guardas, a adolescente disse ainda ter recusado beijar o suspeito, chegando a fazer o movimento de balançar o dedo para sinalizar a recusa antes de procurar a direção da escola e denunciar o caso.

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Ao mesmo tempo, o suspeito alegou ter tentado beijar o rosto da estudante. Conforme o registro policial, toda a ação do homem foi filmada por uma câmera de segurança instalada dentro da sala de aula. Diante disso, ele recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado à Delegacia de Plantão da Polícia Civil.

Secretaria de Educação diz que suspeito confessou o assédio

Em nota enviada a O TEMPO, a Seduc confirmou o episódio. “Na quinta-feira (14/8), um servidor terceirizado da E.M. Professor Domingos Diniz cometeu um ato de assédio contra uma estudante, segundo ele próprio confessou, posteriormente. A estudante informou à direção da escola que imediatamente acionou a Guarda Municipal, o conselho tutelar e a família da estudante”, disse o órgão.

O servidor é contratado pela empresa Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS), que, segundo o município, enviou uma “equipe de coordenação" e se colocou à disposição. A pasta destacou ainda que a vítima está recebendo apoio psicológico e acompanhamento social.

“A estudante está sendo acompanhada pelos serviços de saúde e já tem consulta marcada com psicólogo, a pedido da família e providenciada pela equipe da Seduc. Ela também está sendo acompanhada pelo conselho tutelar e equipe de acompanhamento, assessoria e articulador de território da Secretaria de Educação”, completa a Seduc.

Por fim, a secretaria informou que a direção da escola foi ouvida e o caso segue sob investigação da Polícia Civil e da própria MGS.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da MGS, mas, até a publicação da matéria, a empresa estadual ainda não tinha se posicionado.