A família de um detento que foi morto e esquartejado dentro da Penitenciária de Formiga, na região Centro-Oeste de Minas, pede por justiça. O pai denuncia que a direção da unidade prisional colocou o filho dele, que era da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na mesma cela que criminosos do Comando Vermelho, para ser morto. 

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“Eles não podiam fazer isso. E ainda tentaram enterrar meu filho como indigente”, conta José Carlos Teixeira, 56 anos. Segundo o pai, a família, que mora em Betim, na Grande BH, foi informada da morte por uma assistente social. Quando chegaram na cidade, o corpo já tinha sido levado para o cemitério para ser enterrado. “Queriam esconder a forma que ele foi morto, por isso não avisaram a gente. Entregaram os pedaços dele para minha filha dentro de uma caixa de papelão”, diz Carlos.

O corpo de Jean Carlos Teixeira, de 34 anos, foi encontrado no banheiro da cela, conforme informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em nota, a pasta esclareceu que, durante a contagem e conferência dos presos, realizada na última quarta-feira (30/7), os policiais penais de plantão notaram a ausência de Jean Carlos. Após buscas, o corpo foi localizado, e um dos colegas de cela assumiu o homicídio.

Além de entrar na justiça contra o Estado, o pai disse que vai imprimir a foto das partes do corpo do filho e colocar na porta da penitenciária. “Vai ter um metro de altura. É para que vejam o que aconteceu e não fazer o mesmo com outras pessoas. Minha família está acabada”, diz o pai.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) negou a denúncia feita pelo pai da vítima.  A pasta disse ainda que o caso é investigado administrativamente. "No curso das investigações internas, os envolvidos são ouvidos pelo Conselho Disciplinar da unidade prisional. O preso que confessou o crime responderá criminalmente perante a Justiça. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil", disse.