A Polícia Civil prendeu dois homens, de 18 e 23 anos, suspeitos de gerenciar três grupos de WhatsApp usados para divulgar pornografia em fotos e vídeos, além de imagens de mulheres e adolescentes nuas da cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Durante a operação Amparo (veja vídeo abaixo), também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, entre eles 13 de violência sexual e dois de violência doméstica. Computadores, pen drives e celulares dos suspeitos foram apreendidos.

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As investigações do caso começaram quando a esposa de um integrante de um dos grupos de WhatsApp da cidade descobriu fotos de várias mulheres nuas no celular do marido. Ela se separou dele e, para se vingar, divulgou as imagens.

"Inicialmente, os grupos de WhatsApp não tinham essa finalidade, mas como a mulher expôs as fotos encontradas no celular do marido, outras pessoas começaram a divulgar outras fotos também", detalhou a delegada Millena Clemente.

As investigações apontam que os três grupos foram ganhando novos participantes e chegaram a ter cerca de mil pessoas inscritas em cada um deles. Diante disso, os administradores começaram a cobrar R$ 2 de mensalidade para quem quisesse entrar nos grupos.

"Além de homens, havia mulheres nesses grupos também que divulgavam vídeos e fotos. As  adolescentes e mulheres expostas no grupo eram de Nova Lima", completou a delegada Millena.

Investigação

O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil há cerca de um mês, quando teve início a investigação. "Duas adolescentes que tiveram suas fotos expostas prestaram depoimento. Elas estavam se mutilando e com ideias suicidas", revelou a delegada.

Além de terem as imagens publicadas, as mulheres tinham perfil do Instagram divulgados no grupo, fato que expunha ainda mais as vítimas.

Os dois homens presos, de 18 e 23 anos vão responder por violência contra a mulher e crimes cibernéticos envolvendo a divulgação ilegal de conteúdo íntimo.

Foragido

Um terceiro envolvido na divulgação das imagens, um homem de 40 anos, é considerado foragido pela polícia. Segundo depoimento da ex-companheira desse suspeito, ele utilizava uma espada para ameaçá-la, caso ela não quisesse tirar fotos nuas. A arma branca foi apreendida pela Polícia Civil.

As investigações continuam, porquê, segundo a delegada, muitas mulheres ainda nem sabem que tiveram suas fotos divulgadas nos grupos. A perícia ainda vai verificar os computadores, celulares e pen drives apreendidos.