O policial penal que abandonou o posto de trabalho momentos antes da morte do colega Euler Oliveira Pereira Rocha em um hospital no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, se apresentou à Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nessa terça-feira (5/8) conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (7/8).

As investigações administrativas estão em andamento, conforme a Sejusp. Já no âmbito criminal, as investigações são de responsabilidade da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Relembre

Está sendo investigada a ausência de um dos policiais designados para a escolta hospitalar do detento que matou o agente Euler Pereira da Rocha, de 42 anos, na madrugada de domingo (3/8).

O detento, que estava internado na unidade de saúde desde o dia 27 de julho, furtou a arma do agente que ficou sozinho e atirou contra ele. Após os disparos, ele fugiu usando a roupa do policial penal, mas acabou sendo preso em um carro de aplicativo.

A escolta de um detento sempre é feita por dois agentes. No sábado (2/8), por duas vezes, a equipe de fiscalização do Departamento Penitenciário (Depen-MG) esteve no Hospital Luxemburgo e confirmou a presença de dois servidores escalados para a escolta do preso Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, conforme preconiza o protocolo de atuação de escoltas hospitalares. 

“Tais passagens ocorreram às 8h50 e às 20h30. Contudo, após essa última verificação, um dos policiais teria abandonado o posto de trabalho, sem qualquer comunicação prévia ao Departamento Penitenciário”, disse a pasta em nota.

A investigação policial, feita pela Polícia Civil, engloba outros fatores e pode apurar se o abandono do posto de trabalho facilitou o homicídio.