A Corregedoria da Polícia Penal de Minas Gerais investiga a ausência de um dos policiais designados para a escolta hospitalar do detento que matou o agente Euler Pereira da Rocha, de 42 anos, na madrugada de domingo (3/8), em um hospital no bairro Luxemburgo, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais, Jean Otoni, dois servidores haviam sido escalados para a missão. “Foi designado os dois policiais para estar lá. No momento que aconteceu o fato, o policial não estava no local”, afirmou. Ainda de acordo com Jean, a inteligência da instituição foi acionada imediatamente após o crime para tentar localizar o segundo agente e entender o que havia acontecido.

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O presidente do sindicato alerta que a responsabilidade, nesses casos, não se limita à omissão. “Nós somos os garantidores da segurança. Nesse caso, nós não respondemos por omissão. Nós respondemos pelo resultado, que é o homicídio”, explicou.

Jean Otoni também destacou os riscos que envolvem as escoltas hospitalares e defendeu a criação de uma central exclusiva para essa função. “Muitas vezes o colega não tem armamento de cautela fixa. Tem que trocar arma no meio do corredor, colocando em risco até a vida dos pacientes. Os colegas não têm um lugar adequado para guardar seus pertences, não existe uma sala”, disse.

Ainda segundo Jean, a Corregedoria já está apurando os fatos, e se houver confirmação de falha, o servidor envolvido poderá responder a inquérito e a processo administrativo.