Crime
Poderosos se revezavam em orgias realizadas em sítio de Betim
Homicídios teriam sido motivados pela recusa das meninas em manter relações
O sítio em Betim, na região metropolitana da capital, em que duas adolescentes foram assassinadas a tiros no fim da noite de sexta-feira, era palco constante de orgias. O delegado Rodrigo Rodrigues, responsável pelo caso, contou que um grupo especializado em aliciamento de menores promovia esse tipo de festa semanalmente, e os eventos eram frequentados por políticos e criminosos.
O motivo “banal”, nas palavras do delegado, pelo qual os assassinatos ocorreram foi a recusa das garotas de manterem relações sexuais com os suspeitos e elas terem falado que eles não eram “bandidos de verdade”. “Esse agenciador conhecido como Val agencia um grupo de meninas. Há também indivíduos influentes, entre políticos e envolvidos com a criminalidade, que ele usa como uma rede de favores. Esses homens têm um dia fixo da semana em que realizam essas orgias com as adolescentes”, esclareceu Rodrigues.
Dessa última vez, continuou o delegado, “esses executores foram convidados e houve um conflito entre os outros participantes e as meninas, resultando nos homicídios”, explicou.
As vítimas tinham 16 e 17 anos. Uma terceira menina, de 16, foi baleada pelos suspeitos, mas se fingiu de morta e conseguiu pedir ajuda depois. Ela, que tem uma filha de 2 anos, segue hospitalizada. Elas vão deixar o Estado por segurança. Rodrigues pretende enquadrar os suspeitos por feminicídio.
Prisões. Três pessoas foram presas por envolvimento com a prostituição de menores: um agenciador identificado como Val, um dono de bar conhecido como Coronel e o caseiro do local. Uma mulher, identificada como Andreia, está foragida.
Os quatro responsáveis pelos homicídios estão foragidos. Dois deles foram identificados como Osmar (Lulu) e Rogério.
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