Meus amigos e minhas amigas, terminei de assistir a uma das séries brasileiras mais premiadas dentro e fora do Brasil: “Um Contra Todos”. 

Durante a pandemia que nos obriga a um distanciamento social, tenho ocupado o meu tempo em ler livros de poemas, ouvir lindas canções e ver bons filmes.

Nos versos de Vinicius, Drumond, Lispector, Frida e Pessoa e nos pensamentos de Descartes, Nietzsche, Cortella, Kant, Sócrates, Aristóteles e tantos outros, tenho encharcado a minha alma de novos conhecimentos humanos e existenciais.

As melodias de Chico, Ana Carolina, Roberto, Gil, Caetano, Gal, Sinatra, Elvis, Beatles, Di Capri, Nina Simone, Ella Fitzgerald e Ian Anderson, dentre tantos, invadem minha alma com suas notas recheadas de romantismo, e nesses momentos é que busco compreender a mim e as outras pessoas em busca de um convívio espiritual e material com mais harmonia.

Na série “Um Contra Todos” é possível fazer uma profunda leitura da violência que destrói as nossas vidas nos dias atuais: tráfico de drogas e armas, corrupção, traições, interferências políticas, autoridades corrompidas, lavagem de dinheiro, prostituição, acertos financeiros no sistema prisional, sexo entre adultos e adolescentes, assassinatos...

Um enredo feito para brindar os nossos olhos com o talento de um elenco estupendo, cenas irretocáveis, mas com o objetivo maior de mostrar a todos nós que na sociedade atual vale tudo por dinheiro, poder e vaidade.

A pandemia tem sido como a estiagem no meu sertão: chegou para destruir o que estava seco, morto, inútil e possibilitar um novo florescer no jardim de nossas almas.

É tempo de chorar a partida dos nossos entes queridos, aqueles que nem mesmo puderam receber o último beijo de despedida.
Hora de reavaliar as nossas atitudes individuais e coletivas.

Não tenha medo de mudar. Tenha medo de ficar no mesmo lugar.