Se desejar fazer sua reclamação, envie uma mensagem com foto pelo WhatsApp para o número (31) 98475-5294. 

Nas redes sociais e grupos de mensagens, uma série de moradores de Belo Horizonte e Região Metropolitana têm denunciado um forte gosto de barro e, em alguns casos, de mofo na água que chega às torneiras. Os relatos que chegaram até o contato do Panelaço do Super Notícia vêm de diferentes bairros e incluem situações em que a limpeza de caixas d’água e filtros não resolveu o problema.

Segundo os denunciantes, o sabor estranho é percebido não apenas nas residências, mas também em estabelecimentos comerciais e até em bebedouros de instituições públicas. “Tem uma semana já que tá um gosto muito estranho de mofo e barro. Testamos antes de chegar na caixa d’água, limpamos ela, o filtro... Tô achando super estranho”, contou uma moradora de Lourdes.

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No Barro Preto e Santo Agostinho, a reclamação é semelhante. “Aqui em casa tá ruim, tô comprando galão”, disse uma moradora. Em Venda Nova, uma universitária relatou que o problema está espalhado: “Todo bebedouro que eu bebo tem esse gosto residual de barro. Em casa, na casa de familiares, na faculdade, nos restaurantes... Está difícil até escovar os dentes”.

Também chegaram relatos da Savassi, Cidade Nova e Jaqueline, onde moradores afirmam que o sabor incomum substituiu recentemente o gosto forte de cloro.

O que diz a Copasa


Em nota, a Copasa informou que a água distribuída em Belo Horizonte, Região Metropolitana e demais cidades onde atua passa por um “rigoroso processo de controle de qualidade” antes, durante e depois do tratamento, atendendo aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde.

Segundo a companhia, análises foram realizadas nos locais solicitados e, até o momento, não foi identificada nenhuma anomalia. A Copasa reforçou que, em casos de suspeita de irregularidade, os clientes devem acionar os canais oficiais para que equipes técnicas realizem coleta e análise da água.

O atendimento pode ser feito pelo site www.copasa.com.br, aplicativo “Copasa Digital”, telefone 0800 0300 115, WhatsApp (31 9 9770-7000) ou web chat no site.

Por meio de nota, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) afirmou que encaminhou "solicitação formal à Copasa para que apresente informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas". A agência acrescentou que continuará as informações encaminhadas pela companhia e "verificando se as medidas adotadas são eficazes para restabelecer a normalidade".

Veja a nota na íntegra:

"A Arsae-MG acompanha com prioridade as manifestações de moradores de Belo Horizonte que relatam alterações na percepção organoléptica da água, caracterizadas por gosto e odor de barro, em diferentes bairros da capital. A Agência compreende que situações dessa natureza geram desconforto e preocupação, e por isso direciona atenção especial à apuração e à solução da demanda.
 
Diante das reclamações, foi encaminhada solicitação formal à Copasa para que apresente informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas. Embora a Arsae-MG não execute análises laboratoriais diretamente, cabe-lhe fiscalizar o atendimento aos padrões de potabilidade e avaliar a efetividade das medidas adotadas pela Copasa com base nos dados e evidências que a empresa é obrigada a fornecer.
 
Alterações no sabor e no odor da água podem ter origem em diferentes fatores. Entre eles, estão intervenções operacionais, como manutenções emergenciais, lavagens ou descargas na rede, que podem deslocar partículas acumuladas, bem como variações sazonais na qualidade da água bruta, mais comuns no inverno e na estiagem. Quando essas ocorrências se mantêm dentro dos parâmetros de potabilidade, não representam risco à saúde, mas a percepção sensorial da população é legítima e exige tratamento prioritário.
 
A Arsae-MG continuará monitorando de forma próxima as informações encaminhadas pela Copasa e verificando se as medidas adotadas são eficazes para restabelecer a normalidade.
 
A Ouvidoria permanece aberta para novos registros. Relatos com data, local e características observadas contribuem diretamente para o direcionamento das ações fiscalizatórias e para a cobrança de soluções rápidas e precisas junto à Copasa, assegurando a qualidade e a segurança da água distribuída à população".