O América lutou, atacou e pressionou. Do início ao fim. Mas pecou nas finalizações e acabou perdendo, com um gol aos 45 minutos do segundo tempo, para o Guarani do Paraguai na noite desta quarta-feira (23), no Independência. Apesar da derrota, time saiu aplaudido de campo neste dia histórico, que marca seu primeiro jogo na história pela Copa Libertadores.
Confronto marcou a ida da segunda fase da competição, chamada de "pré-Libertadores". Volta está marcada para semana que vem, no país vizinho.
O jogo
O América fez jus ao poder de sua casa, que estava cheia, para pressionar a equipe adversária desde o início. Aproveitando principalmente o lado esquerdo, com Matheusinho e Marlon, o time fazia boas jogadas, mas faltava aquele famoso último passe. Pelo meio, Índio Ramirez e Juninho, melhor em campo, eram responsáveis por armar, mas pouco conseguiram fazer no início da partida.
O lance de maior perigo e que incendiou a torcida de vez foi com Juninho, aos 13 minutos: em uma bola sobrada, o capitão deu um chapéu no adversário, próximo à meia lua, e deu um belo chute no travessão. Minutos depois foi a vez do centroavante, Wellington Paulista, deixar o grito de gol entalado na garganta: cara a cara com o goleiro, deu uma "trivela" na bola, que passou na frente do gol vazio e ninguém chegou para empurrar para as redes.
Se aproximando do fim da primeira etapa, o time paraguaio mostrou ao que veio: segurar o empate e jogar no contra-ataque. Equipe pouco chegava perto do goleiro Jailson, fazia diversas faltas e, quando tinha a oportunidade, aquela velha "catimba". Coelho terminou a primeira parte com oito finalizações a zero.
No segundo tempo, o técnico Marquinhos Santos conseguiu fazer o América mais ofensivo ainda; já o treinador adversário recuou mais, colocando, inclusive, volante no lugar de atacante. Com o Guarani mais fechado, a alternativa foi apelar para os cruzamentos, mas a maioria das bolas eram tiradas pela zaga.
Mesmo assim, a equipe mineira não desistia: chutes de fora da área, bolas sobradas dentro dela... quando os brasileiros podiam, chutavam ao gol. Mas nada da bola entrar. Um lance chegou a assustar até aquele momento. em um dos raros ataques do clube amarelo, preto e branco, a bola chegou a triscar na trave, no meio do segundo tempo – o que não desanimou o alviverde.
Balde de água fria
Quando a partida chegava ao final, o time brasileiro aparentou que estava aceitando o empate quando, em um contra-ataque, o meia Colmán chutou, a bola desviou e não foi possível o experiente Jailson evitar o revés. Final, América, 0, Guarani, 1.
Baixas
Marquinhos Santos não pôde contar com o meia Alê, de última hora, que testou positivo para coronavírus. O zagueiro Conti já não podia entrar em campo porque estava suspenso.
Próximos jogos
O próximo confronto do América será justamente contra o Club Guarani, na próxima quarta-feira (2), às 19h15 (de Brasília), pela volta. Neste fim de semana não terá duelo pelo Campeonato Mineiro, por causa da folga de Carnaval.
Já o adversário terá compromisso pela Apertura do Campeonato Paraguaio: no sábado (26), joga contra o Resitencia, às 18h15, em Assunção.
FICHA TÉCNICA
O quê: América x Guarani-PAR
Onde: Arena Independência, em Belo Horizonte
Motivo: ida da 2ª fase da Copa Libertadores
Quando: quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022, às 19h15 (de Brasília)
América: Jailson; Patric (Cáceres), Iago Maidana, Éder e Marlon; Lucas Kal, Juninho e Índio Ramirez (Pedrinho); Felipe Azevedo (Everaldo), Matheusinho (Henrique Almeida) e Wellington Paulista (Rodolfo). Técnico: Marquinhos Santos
Guarani: Vásquez; Rodi Ferreira, Marcos Cáceres (Julio González), Roberto Fernández e Guillermo Benítez; Mendoza (Bareiro), Marcelo González, Rodrigo Fernández, Josué Colmán; José Núñez (Samudio) e Fernando Fernández (Ángel Benítez). Técnico: Fernando Jubero.
Gol: Colmán (45' 2ºT)
Arbitragem: Wilmar Roldán (COL); Sebastian Vela (COL) e Jhon Gallego (COL)
Cartões amarelos: Éder e Patric
Público: 6.409 torcedores
Renda: R$ 206.580