Perder um dos principais jogadores do time é sempre um problema, mas existem cenários em que esse problema vira um drama, um verdadeiro problemão. É o caso do Atlético com a lesão de Jair e o jogo de ida das semifinais da Copa Sul-americana contra o Colón-ARG, em Santa Fe, na próxima quinta-feira (19).

Líder de desarmes do Galo e peça fundamental no equilíbrio do time no meio-campo com muita qualidade técnica para iniciar as jogadas, fazer a transição defesa-ataque e aparecer como elemento surpresa no setor ofensivo, Jair tem sido um dos grandes nomes do Atlético pós-Copa América. Sua ausência é muito sentida em qualquer circunstância e faz uma nítida diferença na equipe. No entanto, no cenário atual, seu desfalque vira um problema ainda maior para o técnico Rodrigo Santana.

O volante, afinal, sofreu um estiramento no músculo posterior da coxa direita e o departamento médico do Galo não estipula um prazo para seu retorno aos gramados, mas ele não deve enfrentar o Colón na Argentina e pode ser baixa também no duelo de volta, em Belo Horizonte. Seu substituto natural é o paraguaio Ramón Martínez, mas ele não pode defender o Atlético na Sul-americana porque já jogou pelo Guaraní-PAR na competição em 2019.

Com isso, Rodrigo Santana possivelmente contará apenas com o titular Elias e Zé Welison como opções de volantes na partida na Argentina. O último, que não tem feito boas partidas pelo Galo, deverá atuar ao lado do ex-corintiano, uma vez que o treinador dificilmente fará uma configuração tática na equipe escolhendo Nathan ou Luan para entrar no meio-campo e jogar com Elias, Chará, Vina e Cazares. 

Zé Welison é a escolha natural para manter o padrão tático do Atlético e não mexer no equilíbrio do time. No entanto, a ausência de Jair, aliada ao desfalque também de Martínez, causa uma considerável queda na qualidade técnica e deverá ter impacto na organização e produção da equipe.