Venda do shopping, dívidas e SAF: como está o planejamento do Galo?

A dívida em relação à contratação do meia argentino Nacho Fernández assustou alguns torcedores do Atlético nessa terça-feira (26). Preocupados, alguns temem um “descontrole” financeiro do clube, que já tratou de explicar a falta de pagamento. A venda do restante do Shopping Diamond Mall é uma das soluções propostas pela diretoria para ajudar a sanar as dívidas.

Uma fonte ouvida pelo Super.FC revelou que as conversas nos bastidores dão conta de que a dívida do clube está na casa dos R$ 1,4 bilhão. Um novo balanço será divulgado na segunda edição do Galo Business Day, que está marcada para maio. O evento, que foi realizado pela primeira vez em 2021, tem o objetivo de trazer mais transparência às finanças do clube. 

Uma das maneiras de reduzir a dívida bilionária é vender os 49,9% restantes do Shopping Diamond Mall. O Conselho Deliberativo do clube precisa aprovar a decisão e, para isso, a diretoria alvinegra, que é unânime a favor da venda, pensa em estratégias para mostrar a importância da venda aos conselheiros. Para aprovar, é necessário que 2/3 do Conselho Deliberativo vote a favor. 

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O Atlético tem trabalhado para pagar dívidas, mas o grande problema é em relação aos juros e mora em cima desses débitos que o clube possui de gestões passadas. Um membro do conselho deliberativo afirmou que o clube perde “três Hulks” por ano no pagamento de juros e a venda do restante do shopping promete ajudar. 

De acordo com Sérgio Coelho, presidente do Atlético desde janeiro de 2021, o clube alvinegro recebe de aluguel do shopping R$10 milhões, mas acaba gastando cerca de R$45 milhões por ano com o pagamento de juros. O Galo estima que consiga vender o shopping por R$350 milhões. 

Transformar o Atlético em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) também é um dos objetivos do clube, só que ainda não é o foco atual da diretoria. A ideia do Galo é fazer tudo de forma tranquila e estudada, para evitar qualquer tipo de problema. A situação não é de urgência, até porque o Galo já tem investidores de forma “informal”.