Desde as primeiras horas de ontem, as equipes do SUPER.FC e da rádio Super 91,7 FM já estavam nas ruas de Belo Horizonte para levar aos leitores e ouvintes todos os detalhes do primeiro clássico entre Cruzeiro e Atlético válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. Após o jogão, o nosso time de comentaristas fez uma análise do duelo com os principais erros e acertos de cada uma das equipes.

FREDERICO JOTA
Mano Menezes foi o responsável direto pela vitória no clássico. Sabendo da lentidão da defesa atleticana e dos espaços dados pelo Galo no meio campo, deixou Fred no banco e optou por dois jogadores velozes na frente, Pedro Rocha e Marquinhos Gabriel, ambos com capacidade de atuar não só pelos lados como tendo liberdade para aparecer no centro do ataque. Thiago Neves foi um terceiro elemento ofensivo, municiando a dupla e chegando como opção de conclusão.

O Atlético teve dificuldades para lidar com essa disposição tática e mostrou pouco repertório, dando mais chance para o Cruzeiro dominar o meio campo e usar o que mais queria: o contra-ataque, fundamento no qual é fatal. Com boa transição entre os setores e bem compactado, o Cruzeiro usou sua experiência para controlar o jogo e vencer.

LEANDRO CABIDO
Mais do que uma alteração tática, o que prevaleceu para a vitória do Cruzeiro no clássico foi a mudança de postura. Ao contrário do que vimos nos últimos meses, com uma equipe completamente apática, a Raposa mostrou repertório e muita vontade no confronto de ontem, no Mineirão, para tentar até liquidar o rival ainda no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil.

Taticamente, mesmo com a manutenção do 4-2-3-1, não ter um centroavante deu mais mobilidade ao ataque azul. Pedro Rocha, sem dúvida, foi o destaque do triunfo celeste. Pelo lado do Atlético, resta saber por que o time não chegou à Pampulha na noite de ontem. O Galo se encaixou na estratégia rival e nada conseguiu fazer para tirar a supremacia do mandante. A situação está bem-encaminhada para os lados da Toca da Raposa.

LÉLIO GUSTAVO
O técnico Mano Menezes foi um personagem importante no superclássico de ontem no Mineirão. Ao escalar o time do Cruzeiro sem Fred no ataque, colocando Pedro Rocha juntamente com Marquinhos Gabriel, o treinador já mostrava que sua equipe jogaria nos contra-ataques. E essa tática deu certo. O Atlético não conseguia furar o bloqueio defensivo imposto pelo time celeste e ainda cometia falhas grotescas no seu sistema defensivo.

É só olhar o segundo gol marcado pelo Cruzeiro, que surgiu após um erro de passe, com a equipe atleticana totalmente mal-posicionada dentro de campo. Com o resultado de ontem diante do arquirrival, não há o que discutir, o Cruzeiro foi melhor no primeiro grande confronto e está com um pé e meio na semifinal da Copa do Brasil