Ela tem apenas 17 anos, mas já demonstrou que seu futuro é promissor. O Cruzeiro feminino se despediu do Brasileirão da Série A2 com o vice-campeonato, mas mostrou ao pais o potencial de uma camisa 10 que tem tudo para ser uma das grandes sensações da modalidade nos próximos anos.
Nascida em Jequeri, cidade a 235 km de BH, Duda foi um dos fenômenos do Brasileirão dessa temporada. O estilo técnico, de dribles curtos, ousadia nas finalizações e muita visão de jogo, remete logo ao futebol clássico, daqueles atletas que a torcida logo fixa os olhos porque sabe que dali sairá coisa boa. Foram 12 gols marcados, incluindo o do empate por 1 a 1 com o São Paulo nesse domingo.
Duda ficou a dois gols de Karina, do Grêmio, e Carla, do Palmeiras, atletas com 37 e 28 anos, respectivamente. Isso dá mostra do potencial da atleta, que ressalta apenas o início de sua trajetória.
“Acredito que a equipe veio jogando bem, consegui me sobressair fazendo gols, me destaquei dentro de campo. Creio que tem muita gente vendo lá de fora o meu trabalho, e isso é consequência de todo o trabalho durante os treinos, em casa , e acredito não vai parar porque minha carreira tem muito ainda pela frente”, aponta Duda.
O título brasileiro ficou com o São Paulo, mas Duda vê no vice-campeonato a certeza de que o projeto desenvolvido pelo Cruzeiro está no caminho certo.
“É um resultado muito importante para nós, atletas, esse segundo lugar. Isso nos dá a confiança para a sequência do trabalho e acredito que é isso agora, erguer a cabeça, fizemos um ótimo campeonato, não veio o título, mas feliz com tudo que nós fizemos até aqui, todo o empenho da equipe. Agora é trabalhar duro que tem mais pela frente”, salienta.
Confiança que só é possível também graças ao apoio que Duda e o elenco celeste vem recebendo da torcida, que abraçou o time logo na primeira experiência.
“A torcida é fundamental, só tenho que agradecer mesmo por todo o carinho, até aqui agora nos últimos minutos, e pode contar com a gente dentro de campo que não vai faltar empenho”, sacramentou a camisa 10, agora cobiçada por vários clubes do futebol brasileiro.