Cruzeiro e Thiago Neves se reuniram na 4° Vara do Trabalho de Minas Gerais, na tarde desta terça-feira, para a segunda audiência relativa ao processo judicial impetrado pelo camisa 10 contra a Raposa. As partes tiveram um princípio de entendimento, com o Cruzeiro liberando o jogador para assinar um vínculo de trabalho com qualquer clube. Apesar disso, o mérito da causa ainda será discutido, não existindo neste momento uma rescisão contratual.
O superintende jurídico do Cruzeiro, Kris Bretas explicou a situação. "A audiência transcorreu bem, as partes tentaram chegar a um acordo, mas neste momento não foi possível. O clube ofertou ao atleta que permanecesse no time. O atleta se recusou alegando falta de segurança na cidade. Ele não quis permanecer no Cruzeiro. Diante disso, o jogador pediu a liberação e o clube, entendendo a necessidade do atleta de procurar outra equipe, optou por liberá-lo dos direitos pertencentes a ele, os federativos", disse Kris.
"Mas isso não significa que houve a rescisão do contrato porque ainda será discutido o mérito do processo. Hoje não aconteceu nenhuma discussão do mérito do processo. O Cruzeiro não reconhece a culpa no caso, nenhum tipo de culpa. O processo vai prosseguir e as partes vão tentar chegar em um acordo", complementou o superintendente jurídico.
Ele esteve na audiência com Thiago Neves ao lado de Benecy Queiroz, supervisor de futebol do Cruzeiro. O ex-camisa 10 do Cruzeiro compareceu ao Tribunal ao lado do advogado Leonardo Silva Teixeira e também do empresário Leandro Silva. Por conta do temor de represálias de torcedores, a audiência, que durou cerca de duas horas, foi acompanhada por dois seguranças.
Thiago Neves cobra do Cruzeiro R$ 16 milhões referentes a salários atrasados e a rescisão indireta do contrato, que vai até o fim deste ano. O jogador ainda tem a receber da Raposa R$ 1,2 milhão, referente a uma cláusula contratual que estipulava o valor se o atleta assinasse a súmula em 42 partidas em 2019.