Rendimento abaixo

Cruzeiro só marcou de pênalti nos seis últimos jogos do Brasileirão

Fred foi o responsável pelos tentos nas partidas mais recentes, todas elas da marca da cal, evidenciando dificuldade de finalização do time

Por Josias Pereira
Publicado em 08 de outubro de 2019 | 12:00
 
 
 
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Não é segredo para ninguém que o ataque do Cruzeiro vive uma verdadeira pane no Campeonato Brasileiro. Na 18ª posição na tabela de classificação, a Raposa tem exatos 18 gols, o que lhe dá o título de terceiro pior ataque do torneio nacional ao lado da Chapecoense, ficando atrás exatamente CSA, com 14, e Avaí, com 13, times que militam com a equipe celeste no Z-4.

Desde a última vitória para o Vasco por 1 a 0, no início de setembro, o Cruzeiro foi às redes em três oportunidades no Campeonato Brasileiro, todos esses tentos com uma mesma assinatura: foram de pênalti, o último anotado por Fred, que já fez três de seus quatro gols no torneio nacional arrematando da marca da cal.

Tirando justamente o camisa 9 do Cruzeiro, todos os demais companheiros de Fred, responsáveis pela criação de jogadas e também pelas finalizações do Cruzeiro seguem ampliando a lista de jogos em jejum no Campeonato Brasileiro. David não faz há 31 jogos, números que já o colocam zerado no Campeonato Brasileiro. Marquinhos Gabriel é outro que sequer foi às redes no torneio nacional em 15 partidas disputadas. Thiago Neves não faz há três jogos, sendo o último de pênalti na derrota para o Flamengo por 2 a 1. Robinho, em 17 jogos no Brasileirão, fez pela última vez na acachapante goleada sofrida pelo Cruzeiro por 4 a 1 para o Fluminense, na quinta rodada.

Já Sassá, com dois gols no Brasileirão, foi a campo em 15 partidas no Brasileirão e não marca há cinco partidas, desde o empate com o Avaí por 2 a 2, em duelo válido pela 14ª rodada. Partida que também marcou o último gol de Pedro Rocha com a camisa celeste. Em 16 jogos no Brasileirão, o atacante vindo com bastante pompa do futebol russo, o atacante fez dois gols.

Responsável mais pela contenção, mas também tendo um papel de início das jogadas no meio-campo, o volante Henrique vê na incômoda situação ofensiva o reflexo do nervosismo que tem rondado o time do Cruzeiro. A necessidade de se caprichar mais no último passe é mais do que urgente. O Cruzeiro encara um desafio importantíssimo nesta quarta-feira, quando recebe no Mineirão, às 21h30, o Fluminense, pela 24ª rodada. Pela proximidade na tabela, a partida contra os cariocas pode se tornar o famoso jogo de seis pontos.

"Caprichar mais no fundamento de último passe. Quando os resultados não vêm, a gente acaba se precipitando nas jogadas. Isso é natural que aconteça. Já vivenciamos isso. Escolher um pouquinho melhor as jogadas, escolher um companheiro que esteja melhor posicionado e tirar um pouco esse peso, a ansiedade de querer já resolver de imediato e fazer a jogada com consciência porque aí você vai encontrar o seu companheiro melhor posicionado. Eu sei que é difícil ter essa calma porque quando os resultados não vêm a gente quer acelerar as coisas. Por isso que os números de erros de passe vêm aumentando. Querer acelerar as jogadas acaba influenciando. É preciso ter calma nesse momento, escolher bem as jogadas, para que os gols saiam naturalmente", concluiu Henrique. 

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