Se depender de Mozart Santos, o torcedor e a diretoria do Cruzeiro podem ter certeza que um pedido de demissão não vai acontecer. Após a derrota para o Remo por 1 a 0, em jogo realizado na noite desta terça-feira (20), no Baenão, em Belém, pela 13ª rodada da Série B, o comandante ressaltou que se vê em condições de reverter a situação do clube, que acumula uma sequência de sete jogos sem vencer na Série B e só tem dois triunfos em 13 jogos.

Ele salientou que jamais vai abaixar a guarda e confia em seus atletas, mas afirmou que entende se a diretoria também optar por sua saída. 

"Entendo a tua pergunta, acho ela bem normal e não levo para o lado pessoal. Se eu tenho clima, com certeza. Com relação à minha relação com os jogadores é ótima, mais uma vez eu tenho que vir aqui, enaltecer o que eles fizeram. É óbvio que a derrota dói pela maneira que se desenhou o jogo. Nós realmente não iniciamos tão bem, mas o jogo estava equilibrado, o menino acabou acertando um chute de rara felicidade, talvez tenha sido a única oportunidade que o time tenha tido no primeiro tempo", declarou.

"Eu jamais vou abaixar a guarda, esses jogadores eu tenho certeza que jamais vão abaixar a guarda. Se eu vou permanecer, não vou permanecer, fica a cargo da diretoria. Eu entendo a pressão da torcida. Entendo tudo. Se a diretoria por bem exisitr uma mudança, eu vou achar bem natural justamente por essa questão dos resultados. Mas eu acredito que hoje nós demonstramos que podemos reverter o jogo, no 11 contra 11, o segundo tempo estava desenhando para nós empatarmos, acabamos perdendo um jogador e mesmo com um a menos acabamos criando uma situação ou outra, óbvio que nenhuma clara como nós criamos no 11 contra 11, mas nós continuamos tentando e não concedendo ao adversário, tirando a defesa importante do Fábio. Enfim, resumindo o jogo, nós não merecíamos essa derrota", acrescentou Mozart Santos. 

Em outro trecho da coletiva pós-jogo, o treinador voltou a declarar que não sairá por achar a decisão muito simples e não representar o seu trabalho.  

"Seria muito fácil aqui pedir o boné, ir embora e tal, eu particularmente não sou assim. Eu realmente acho que o caminho mais fácil é pedir demissão, então aí não seria digno da minha parte, seria muito simples, acho que qualquer um faria isso no meu lugar, eu não vou fazer, pode ter certeza disso, porque eu acredito nos jogadores, eu acredito no meu trabalho, acredito que podemos fazer. É uma situação difícil, mas só nós podemos reverter. Aceito as críticas, acho bastante natural, entendo a insatisfação por parte da imprensa, principalmente da torcida, mas cabe a nós reagirmos. Temos que nos levantar o mais rápido possível", concluiu o técnico cruzeirense, bastante abatido com mais um resultado negativo. 

O jogo contra o Remo foi o 11º de Mozart no comando da Raposa. Neste período, já são cinco empates, três derrotas e apenas duas vitórias, com 12 gols marcados pelo time estrelado e 16 sofridos.