Com a dívida milionária do Cruzeiro, que ultrapassa R$ 800 milhões, a venda de imóveis do clube chegou a ser especulada como uma saída para amenizar a crise financeira. A Toca da Raposa I, inclusive, entrou na mira de boatos, já desmentidos pelo Conselho Gestor, de que estaria sendo vendida. Esse assunto entrou em pauta com o novo presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues.
À rádio Super 91,7 FM e ao jornal O Tempo, nessa sexta (22), Sérgio apontou os processos que teriam que ser cumpridos para a oficialização da venda de um imóvel do clube, dos pontos de vista documental e estatutário.
"Estamos levantando sobre o status e a regularização dos imóveis para saber se podem ser oferecidos como garantia e se podem ser vendidos. O primeiro ponto é esse, o documental", colocou.
"Segundo ponto é que o estatuto do Cruzeiro prevê que precisa ter uma aprovação de 9/10 [90%] do Conselho Deliberativo, o que é um quorum muito alto. Para que isso ocorra, temos que ter uma proposta muito boa, muito sólida para submeter ao Conselho Deliberativo", completou.
Questionado se tende a pensar na venda de imóveis como uma saída, o presidente da Raposa deixou a questão em aberto e ressaltou o quão burocrático seria esse processo.
"Pessoalmente, não estou fechado a nada. Muito gente fala de sede, Toca, de Barro Preto... qualquer bom projeto que apareça para o Cruzeiro, acho que tem que ser submetido ao Conselho. Mas não é uma situação fácil", concluiu.
O Cruzeiro possui cinco imóveis declarados: Tocas da Raposa I e II, onde treinam base e profissional, respectivamente, clube esportivo do Barro Preto, sede administrativa, também no Barro Preto, e sede campestre da Pampulha. Em relatório do núcleo gestor do clube, eles foram avaliados em quase R$ 800 milhões.