Não deu

Brasil sofre apagão e perde o ouro para os Estados Unidos nas Olimpíadas

Com parciais de 25/21, 25/20 e 25/14, os Estados Unidos conquistaram o primeiro ouro olímpico

Por José Luiz Júnior
Publicado em 08 de agosto de 2021 | 03:00
 
 
 
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Brasil e Estados Unidos fizeram mais uma final olímpica. Mas, diferente de 2012, o ouro, desta vez, ficou do outro lado da quadra. O Brasil não se encontrou no jogo, teve muitas dificuldades e sofreu com a força e a velocidade do ataque norte-americano, que fez 3 sets a 0 com facilidade (25/21, 25/20 e 25/14) e conquistou o primeiro ouro olímpico.

A seleção brasileira chegou à decisão de forma invicta, mas, na final, não conseguiu se encontrar em quadra. As bicampeãs olímpicas lideraram o placar apenas no terceiro set, abrindo dois pontos. Porém, os Estados Unidos, muito superiores o jogo todo, passsaram à frente e, justamente, no terceiro set, venceram com a maior vantagem: 11 pontos de diferença.

Após a partida, a ponteira Natália lamentou a derrota, mas destacou a importância da medalha para o Brasil.

"É sempre ruim (perder), a gente vem em busca da vitória, nas Olimpíadas, mas os Estados Unidos jogou melhor que a gente, eles fizeram ciclo muito bom, nas três últimas finais contra eles a gente perdeu. Eles foram coroados. No começo desse ciclo, pouca gente acreditava nesse time. chegar aqui e ter a medalha, é uma vitória. Poucas pessoas sabem o que a gente passa, as dificuldades. Então, a gente fez muito em chegar à final. A gente chegou invicto até a final, contra times de muita qualidade. Então, para a gente chegar, ficar com a medalha de prata, é motivo de orgulho. Os Estados Unidos foram melhores e mereceram".

A jogadora, que é uma das mais experientes do elenco, também falou sobre a nova safra do vôlei brasileiro.

"Orgulho em ver a Gabizinha assumindo a responsabilidade, a Brait jogou pouco com a gente nesse ciclo, a Rosamaria assumiu o lugar da Tandara. Todas souberam chegar e assumir a responsabilidade. Estão de parabéns. Muitas, ainda, vão continuar e terão um tempo grande pela frente para jogar pela seleção", disse Natália.

Fernanda Garay também lamentou a derrota, reconheceu a superioridade norte-americana e disse que a prata deve ser muito comemorada pela torcida.

"A nossa preparação foi a melhor possível, a gente sabia das dificuldades. A gente também deu tudo, estrategicamente, elas foram melhores que a gente, elas deram tudo no saque. Eu estou orgulhosa desse grupo, tudo que fizemos, elas tiveram mais adversidades que a gente, isso talvez tenha fortalecido elas. Mas foi difícil, a gente sabia que seria complicado, um dia a gente ganha, outro a gente perde, doi é difícil, mas a torcida tem de ficar orgulhosa. A gente lutou, batalhou muito e conquistou uma medalha de prata, demos tudo".

Fê Garay se despediu da seleção e disse que se senti orgulhoda de tudo que conquistou. 

"É péssimo, agora, mas o esporte é assim mesmo, foi muito bom estar com esse grupo esse tempo todo, curti cada momento com essas gurias, um grupo que veio desacreditado e que se fortaleceu muito, eu volto para casa orgulhosa de tudo", finalizou Garay.

O jogo
Os Estados Unidos começaram o jogo com muita intensidade e abriram, de cara, 4 a 0, obrigando Zé Roberto a parar o jogo. O Brasil demorou para se encontrar no primeiro set e teve dificuldades para quebrar o passe norte-americano, que manteve consistência no ataque e, ainda, aproveitou de alguns erros brasileiros. O Brasil até equilibrou o duelo, mas não conseguiu tirar a vantagem que os Estados Unidos construíram no início do jogo e, desta forma, as norte-americanas venceram: 25/21.

O segundo set começou equilibrado, com as duas equipes disputando ponto a ponto. Aos poucos, as norte-americanas construíram vantagem e dominaram as brasileiras, abrindo 20 a 12 e encaminhando a vitória na parcial. O Brasil voltou para o jogo ao diminuir a diferença para quatro pontos, no ataque forte de Rosamaria (21/17). Porém, os Estados Unidos soube administrar melhor o placar e, após dois erros seguidos de saque do Brasil, com Gabi e Carol, fizeram 2 a 0: 25/20.

Na parcial seguinte, o Brasil começou um pouco melhor e, pela primeira vez no jogo, abriu vantagem: 6 a 4. Mas a tarde no Japão era mesmo dos Estados Unidos, que retomou o comando do jogo e voltou a abrir vantagem (15/8).  O time norte-americano manteve a tranquilidade e a velocidade de ataque e, assim, fechou o jogo com tranquilidade: 25/14.

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