O Brasil tinha, nesta segunda-feira, uma dupla esperança de novas medalhas na ginástica dentro da Olimpíada de Tóquio. A ausência de medalhas trouxe uma ponta de decepção, mas não diminui em nada o tamanho dos feitos de Rebeca Andrade e Arthur Zanetti.
Os dois já colocaram seu nome na história do esporte brasileiro de forma eterna, com suas últimas participações em Tóquio se encerrando com a certeza de um excelente trabalho realizado e cabeça erguida para os próximos desafios.
Enquanto Arthur ficou em 8º na final das argolas, prova que lhe deu o ouro olímpico em Londres 2021, Rebeca terminou em 5º na disputa do solo. Quem também esteve na final foi Caio Sousa, na competição de saltos, terminando na última posição, mas conseguindo um feito inédito de ser finalista em sua primeira participação nos Jogos.
Arthur chegou na sua terceira final seguida de Olimpíada dentro das argolas, enquanto Rebeca, de apenas 22 anos, fecha campanha com ouro no salto e prata no individual geral.
"Agora só penso em descansar a cabeça, o trabalho para chegar em uma Olimpíada é pesado demais", comentou Zanetti em entrevista à Rede Globo após sua participação. O ginasta, ciente do nível da sua final, arriscou e foi para o tudo ou nada na saída, cometendo erro de conclusão que lhe tirou qualquer possibilidade de medalha.
"Temos que sair felizes em tudo na nossa vida. Não é porque errei que tenho que sair triste. Saí feliz porque arrisquei. Tinha que arriscar e, como falei, ninguém sabe o quanto sofri para fazer essa saída. Machuquei o pé várias vezes para fazer a saída e, se eu não tivesse feito hoje, com certeza ficaria triste. Pelas notas que venho tirando nas apresentações, ficaria em quarto e quinto. Aí você me veria triste, porque não arrisquei. Não tive o melhor resultado, mas saio satisfeito porque coloquei em prática o que vinha treinando. Esse é um momento diferente, era momento de arriscar e fazer uma nova rotina para os árbitros saberem que eu tinha uma série diferente. Volto para o Brasil feliz, satisfeito, com um pouco de dor no dedão, porque dei uma topadinha ali, e com saudade da família", comenta.
Já Rebeca cometeu um erro menor logo no começo da apresentação, mas que também fez a diferença em uma final do mais alto nível, que terminou com duas atletas dividindo o bronze. Independentemente da ausência de ambos no pódio, a história foi escrita e feita em Tóquio para mostrar o potencial da ginástica do Brasil no cenário internacional, com os dois com boas chances de registrar novos feitos em Paris 2024.
"Estou muito feliz com todas as apresentações que fiz desde o primeiro. Estou muito feliz, é uma coisa vem de dentro para fora. Acho que essa alegria vem de dentro para fora e, por isso, tantas pessoas se encantaram. Eu amo me apresentar no solo, e estou levando para casa duas medalhas inéditas, que foram conquistadas com muito esforço, muito suor e trabalho de muita gente. Não tem como não estar feliz", disse, ao SporTV.
"Acho que as pessoas conheceram bastante o que é a ginástica e a minha história. Tive conquistas que foram inéditas para a ginástica, que vão inspirar muitas pessoas. Isso é um orgulho para mim, estou fazendo a diferença assim como outras pessoas de outras pessoas, de outras gerações, fizeram a diferença para que eu estivesse aqui. Sou muito grata por ter tido essa oportunidade, por ter sido inteligente o suficiente para não deixado passar. Aproveitei o máximo que pude dessa competição, acho que todos viram isso. Estou muito grata e muito feliz", completou.
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