Dono de nada menos do que seis troféus da Superliga masculina de vôlei e forte candidato a colocar mais uma taça em sua galeria, o Sada Cruzeiro encabeçou, nesta quinta-feira (19), uma campanha para que a competição não fosse encerrada por causa do risco de contaminação do coronavírus, como aconteceu com a disputa feminina. Em reunião realizada por videoconferência ficou estabelecido que um novo "encontro” acontecerá no dia 20 do mês que vem para tentar traçar os rumos da competição. 

Diretor esportivo do Sada Cruzeiro, Flávio Pereira, participou ao vivo do SUPER.FC 2ª, da rádio Super 91,7 FM, e explicou que a decisão, que teve dez votos a favor e três contra, foi a mais acertada porque não poderia pôr fim à Superliga sem ao menos quebrar a cabeça para tentar encontrar uma saída. 

“Não poderíamos concordar com essa decisão esdrúxula da CBV de pressionar os clubes para encerrar a competição sem definição, sem ter um campeão. A crise é grave, mas é cedo para tomar este tipo de decisão. Não poderíamos tomar essa decisão sem nem tentar uma outra solução”, explicou o diretor esportivo do Sada Cruzeiro.

“Essa Superliga vai terminar, sim. Não importa quando”, completa o dirigente da equipe celeste. “Respeitamos a saúde dos atletas, as ordens governamentais e vamos terminar a competição no momento propício. Se não der para finalizar, a decisão vai ser em outro momento, num momento mais propício”, acrescenta Flávio.

A Superliga masculina estava na reta final da primeira fase quando foi interrompida. Faltava uma rodada para a disputa entrar em sua fase de play-offs. Representantes de Minas Gerais, Sada Cruzeiro e Fiat minas já estavam classificados. Em 11º, o América está fora da próxima fase. O Taubaté lidera a Superliga masculina com um ponto de vantagem sobre o Sada Cruzeiro. O Minas ocupa a sexta posição.

“O play-off é o momento mágico da competição. Votamos para que aconteça um novo encontro para tentar achar uma solução. Ia ser muito feio para o vôlei as outras competições voltarem e a gente ficar em casa assistindo porque não tivemos criatividade e competência para buscar outras alternativas. Não caímos na armadilha da CBV”, argumenta Flávio Pereira.

Enquanto isso, os jogadores do Sada Cruzeiro seguem de folga seguindo orientações da comissão técnica para fazer exercícios particulares para tentar minimizar a perda da condição física. Quando houver alguma decisão concreta, principalmente também com relação à doença, eles retomam os treinamentos.