Na caminhada da ponta Tifanny, do Sesi Vôlei Bauru (SP) rumo à aceitação dentro do vôlei feminino do Brasil, o pior parece ter ficado para trás. A primeira jogadora trans a jogar na Superliga feminina, que teve reconhecido o direito de atuar em nível profissional, parte para sua terceira temporada no time paulista.
No começo desta semana, o Bauru foi até Uberlândia para dois amistosos diante do Dentil Praia Clube, que terminaram com uma vitória mineira e um empate no dia seguinte.
Sinônimo de resistência, Tifanny sabe que o preconceito ainda não foi totalmente superado, mas prefere deixar de lado quem não concorda com o direito que ela conquistou após tratamento hormonal.
“Não costumo ter problemas com as torcidas, mas acho que isso sempre será uma pedra no sapato de algumas pessoas. Alguns pegam seus princípios e querem que todos os outros os sigam. Mas existem regras, leis e estudam que me permitiram estar aqui. Isso não me abate. Sou feliz como sou e vou seguir assim sempre”, destaca.
Reforçado
Depois da campanha da última edição da Superliga, quando eliminou o Sesc (RJ), do técnico Bernardinho nas quartas de final, o Bauru segue forte para tentar atingir um degrau além das semifinais. Para isso, trouxe a oposta azeri Polina Rahimova, uma referência do vôlei internacional.
“Fizemos uma ótima Superliga no ano passado, mas ainda não estamos entrosadas. Ela está fazendo seus primeiros jogos com a gente. É uma peça importante e sabemos que vamos crescer bastante ainda”, comenta.