William promete tirar sorriso do elenco do Minas para aliviar tensão da final

Estar na final da Superliga masculina de vôlei virou rotina para o levantador William, do Fiat Minas. A sequência não tira de cada uma das decisões um sabor especial e lembranças específicas que dão uma motivação extra para 'El Mago' perseguir o lugar mais alto do maior torneio do país novamente. 

Nesta quarta-feira, às 19h, o Minas entra em quadra, em Saquarema, contra o EMS Taubaté Funvic (SP), com transmissão do Sportv. O favoritismo do time paulista será testado pela força do conjunto dos mineiros, que têm William como principal referência, aos 41 anos. 

Nas últimas dez edições de Superliga que chegaram até a última partida, William esteve na decisão de todas elas. A temporada 2010/2011 abriu a sequência com o vice pelo Sada Cruzeiro, que chegou nas sete finais seguintes, vencendo seis delas.

O Sesi (SP) deu a William a chance de fazer parte da decisão nacional por duas vezes, com o Minas também tendo o privilégio de contar com o campeão olímpico para orquestrar o elenco rumo a mais uma taça.

"Todas são especias com certeza, cada uma em um momento de vida diferente e isso é muito legal. Muito feliz de ter tido uma década próspera profissionalmente. Espero continuar em alto nível até o dia em que decidir parar. Superliga é o campeonato mais importante do nosso calendário. Ter a possibilidade de disputar um título de superliga é sempre um momento especial", comenta o levantador. 

A sequência de William é apenas um demonstrativo do seu tamanho dentro do vôlei nacional, que teve a presença do jogador na decisão, pela primeira vez, com 16 anos, defendendo o extinto time de Suzano.

Ali, o levantador teve uma experiência que ficaria marcada e seria repetida por uma dezena de vezes na carreira, mas com ele a vivenciando bem mais maduro e preparado. Certamente, o sentimento de agora é diferente do começo, com o momento atual deixando William mais à vontade, conseguindo se divertir em quadra, algo que para muitos pode parecer um desafio bem maior. 

"Agora é o momento mais gostoso de se jogar, mesmo com toda a tensão de uma final. Tento passar algo para que eles possam desfrutar deste momento, é difícil demais estar em uma decisão, são muitas equipes qualificadas, não podemos deixar de aproveitar uma oportunidade tão rara", destaca o jogador, que sabe que, agora, pouco pode ser feito na parte técnica ou física. 

"Já treinamos tudo, é como uma prova: se você estudou e está bem preparado, a tendência é de estar mais tranquilo. Agora é a hora de colocar em prática. Eles estão prontos. Eu também fico tenso em alguns jogos, mas reforço comigo mesmo que preciso me divertir, aproveitar pra fazer bem o que amo, temos que tentar extravasar e fazer tudo aquilo que treinamos. Vamos entrar em quadra com sorriso no rosto. Quem tiver alguma dificuldade, deixa comigo que eu dou um jeito de tirar isso deles", brinca o capitão.

Rapha tem missão similar no time do Taubaté

Assim como William, o também levantador Rapha precisa ser a voz da experiência do Taubaté dentro de quadra, mesmo ocupando a posição de reserva. O jogador, tricampeão mundial e com extensa bagagem, sabe que a ansiedade é um adversário a mais, principalmente para os mais jovens. "Temos vários jogadores acostumados com este momento, são horas especiais e tentamos tirar essa pressão do grupo, transformar isso em energia. Trabalhamos a temporada inteira para chegar aqui, temos que tentar aproveitar ao máximo, é sempre um prazer ajudar os mais novos", relata.