LEVANTAMENTO

Calamidade no Rio Grande do Sul afetou 73% dos atrativos privados e 55% dos públicos, diz pesquisa

Dois em cada três eventos turísticos também são afetados pelas enchentes, segundo Setur-RS e Universidade de Caxias do Sul


Publicado em 24 de maio de 2024 | 12:29 - Atualizado em 24 de maio de 2024 | 12:33
 
 
 

O Observatório de Turismo da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul (Setur-RS) realizou, em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), uma pesquisa revela danos a pelo menos 73,1% dos atrativos privados e a 55,5% das atrações públicas.Os resultados também apontam que dois em cada três (65,6%) eventos turísticos foram afetados pela crise no Estado. O estudo foi direcionado aos gestores municipais da área do turismo e contou com a participação de secretários, diretores e coordenadores do turismo em aproximadamente 45% dos municípios do Estado (227 de 497). 

Os dados apontam ainda que houve danos a pelo menos 73,1% dos atrativos privados e a 55,5% das atrações públicas. Mais da metade dos municípios (53,8%) informou um tempo estimado de recuperação de mais de dois meses. Do total de 227 respostas, 71,2% apontaram danos em vias de circulação de visitantes e 41,4% com danos em hotéis.

“Precisamos mapear e realizar esse diagnóstico do impacto no setor turístico para conhecermos a dimensão do nosso desafio. É com os resultados dessa pesquisa que poderemos conhecer melhor cada realidade e trabalhar de forma mais assertiva para a reconstrução do turismo no Estado”, afirmou o secretário estadual em exercício do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Rodríguez Júnior.

Soluções

 O questionário foi disponibilizado na última semana e coletou informações relacionadas ao tipo de dano observado pelo município, se nos atrativos públicos ou privados, nos empreendimentos e na infraestrutura e instituições públicas, por exemplo. Para cada resposta, o gestor deveria atribuir ainda através de grau de relevância do impacto. O estudo também procura saber qual a estimativa do impacto financeiro nos atrativos turísticos afetados, bem como um tempo estimado de recuperação do município e as necessidades imediatas da localidade. 

Com os resultados definitivos, a equipe técnica da Setur-RS irá trabalhar para construir soluções de auxílio ao setor, em diálogo com os setores público e privado para a retomada e revitalização de atrativos, empreendimentos e infraestruturas básicas. Pesquisa com empresas mostra impacto no setor privado ligado ao turismo.

Prejuízos

Em paralelo ao questionário com os gestores municipais, a Setur-RS e a UCS investigaram também o prejuízo junto ao setor privado que possui atividades ligadas ao turismo. A pesquisa foi respondida por quase 600 participantes. Em relação às empresas do setor, 81% tiveram as operações reduzidas ou paralisadas, com problemas relacionados aos acessos (71,4%) ou instalações físicas (24,3%), por exemplo. Quase metade (45,5%) informou ter tido restrições nas equipes de trabalho. Sobre as reservas, 88,8% afirmaram ter realizado cancelamentos. 

Entre as necessidades de apoio para a retomada, 76,4% visualizaram a necessidade de divulgação da região, seguida pela recuperação de acessos (74,9%) e divulgação do município (73,1%). Mais da metade (55,6%) também pontuou a necessidade da recuperação de atrativos. “Essas duas pesquisas procuraram realizar um raio-x para coletar insumos para a elaboração de políticas públicas com foco no setor de turismo do Estado”, afirmou o coordenador do Observatório de Turismo, Antônio Pedro da Costa e Silva Lima.

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