Minas Gerais marcou fortemente sua participação na feira Minas Travel Market (MTM), encerrada nesta sexta-feira (25/4), no Minascentro, em Belo Horizonte, com o foco em três segmentos do turismo – o religioso, o gastronômico e o de natureza. O governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e com apoio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), inovou e criou, pela primeira vez, três espaços temáticos – além do estande dedicado aos lançamentos e à cozinha mineira (foto abaixo, crédito: Paulo Campos), a Cordilheira do Espinhaço e a Mantiqueira de Minas ganharam destaque e mostraram aos visitantes todas as riquezas naturais, culturais e gastronômicas dessas regiões. O turismo religioso também foi um capítulo à parte. Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo, anunciou inclusive um acordo com a operadora CVC para vender as novas rotas turísticas de Minas, como Caparaó Mineiro e Rota Vulcânica, em suas plataformas física e online dentro do Estado e no mercado latino-americano.
“A América do Sul possui duas cordilheiras, a dos Andes e do Espinhaço, essa última abraçando a capital mineira e seguindo até a Bahia e se transformando na Chapada Diamantina. Temos a Rota das Artes, na área metropolitana de Belo Horizonte; a Rota Cênica, que liga os municípios de Jaboticatubas, Lagoa Santa e Conceição do Mato Dentro a Dimantina, no Norte de Minas, e, no sul de Minas, a Rota Vulcânica, que cobre as cidades de Poços de Caldas, Caldas e Andradas, capital do vinho, com uma Mata Atlântica preservada e qualidade na gastronomia muito especial. Essa região ainda tem como produto as águas termais. Esse conjunto de atrativos turísticos lançados nessa feira tem como objetivo estruturar ainda de forma mais qualificada nossos destinos turísticos”, destaca Oliveira.
As novas rotas foram estruturadas em parceria com Sebrae Minas, Codemge e diversos parceiros regionais e municipais. Oliveira faz questão de destacar a parceria bem-sucedida com o Sebrae na construção das rotas: “O governo de Minas tem uma parceria com o Sebrae: eles lançam a rota, nós fazemos a promoção. Juntos, temos feito o marketing dessas rotas em feiras dentro e fora do Brasil. É muito importante a diversificação dos territórios turísticos em Minas, um Estado do tamanho da França e que possui singularidades competitivas no mercado nacional e internacional”. Oliveira cita ainda o trabalho realizado pela secretaria junto à Prefeitura de São Thomé das Letras e a comunidade local, com a implementação de uma nova marca e o reposicionamento do destino turístico. A campanha propõe reforçar a vocação turística da cidade do Sul como destino cultural, místico e de fé.
Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, rotas como Caparaó refletem o protagonismo do interior na construção do turismo mineiro. “Aqui, o visitante encontra experiências autênticas que geram renda, pertencimento e desenvolvimento para as comunidades locais”, destaca. A Rota Caparaó Mineiro convida os visitantes a experimentarem cerca de 30 experiências turísticas em quatro municípios – Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Caparaó e Espera Feliz, onde paisagens de montanhas imponentes e cachoeiras de altitude, a maioria acima de 1.990 metros, revelam um destino de contemplação e natureza exuberante. Atualmente, quatro agências de receptivo locais oferecem vivências que mesclam visitas às fazendas cafeeiras e atividades ligadas à natureza, em especial ao Parque Nacional do Caparaó.
Em relação à Rota Cênica, Oliveira destaca a participação importante da empresa Anglo American. “A Via da Cordilheira do Espinhaço (foto acima, crédito: Prefeitura de Grão Mogol / Divulgação) é um caso muito especial: uma mineradora, a Anglo American, fez toda a estruturação da rota. Ela já está toda mapeada. No entanto, ela se insere em algo maior, que é a cordilheira do Espinhaço, que são 179 municípios, desde Ouro Preto e ao norte. Nós pretendemos ainda este ano lançar a cordilheira do Espinhaço com todos os produtos já existentes: rotas das artes, rota dos queijos, rota das Cachoeiras, parques estaduais e nacionais, seis sítios arqueológicos estruturados e mais de cem cidades barrocas, do período colonial. Essa estruturação mais completa depende das prefeituras municipais, do trade turístico local e das Instãncias de Governanças Regionais (IGRs). A cordilheira é o grande produto de Minas Gerais deste ano”, enfatiza.